capítulo único

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“Porra”, Harry amaldiçoou. Lá estava o ônibus dele. O último ônibus da noite, e Harry estava atrasado.

Harry aumentou o passo. Ele poderia fazer isso. Ele faria isso. Ele não ficaria preso nesse campus esquecido por Deus por uma noite inteira.

Suas pernas se esticaram, seus braços bombearam sangue e ele estava quase lá.

Smack.

A dor floresceu em sua bochecha e depois em sua bunda quando ele caiu com um grito. Ele ficou lá por um momento, desorientado. Que porra é essa?

"Por favor, pegue um panfleto", zumbiu uma voz acima de Harry. Uma que ele conhecia muito bem.

Piscando para conter as lágrimas de dor, Harry olhou para cima. "Seu imbecil, você fez isso de propósito!"

Um olhar vazio encontrou seu olhar furioso. "Tenho certeza de que não tenho idéia do que você está falando", respondeu Tom, a desgraça da existência de Harry.

Bem, pelo menos uma delas. A escola provavelmente estava no topo de sua lista, causando-lhe inúmeras noites sem dormir. Mas Tom estava lá em cima, sempre o assediando com seus malditos panfletos.

“Desde que você está aqui, você não aceita um? É o meu último e quero ir para casa.” Tom estendeu um pedaço de papel levemente enrugado.

Harry fez uma careta. “Eu nunca vou levar nenhum dos seus malditos panfletos, seu idiota. Eu preciso pegar o meu...” ele parou de falar quando viu o ônibus fechar a porta e, com um grande suspiro exausto, saiu do meio-fio, as luzes dos carros zombando enquanto passavam pela rua. "Meu ônibus", ele terminou, com o rosto contorcido de horror. “Você - você me fez perder meu ônibus! Você...” Ele se levantou, encarando Tom. Ele estava tão malditamente cansado e agora ele não podia nem chegar em casa para se jogar em sua cama.

"Basta pegar o próximo." A voz de Tom era irritantemente monótona, e Harry queria dar um soco no seu lindo rosto.

“Não tem nenhum próximo, seu idiota. Esse foi o último ônibus. O último. Estou preso aqui, sem lugar para ir, tudo graças a você.” Harry puxou seus cabelos, gemendo. "O que no mundo eu vou fazer."

Tom deu de ombros. "Chame um táxi."

“Não posso pagar um táxi, sua batata radioativa. Eu não posso nem pagar minha vida. Deus, o que eu fiz para merecer isso?”

“Olha, eu particularmente não me importo com sua vida. Você pode simplesmente pegar o maldito folheto para que eu possa sair?”

Harry olhou furioso. "O inferno vai congelar antes que eu pegue um de seus folhetos estúpidos." Ele olhou ao redor para o circuito de ônibus vazio. “Por que você está aqui tão tarde? Não há ninguém aqui para entregar alguma coisa.”

Tom deu um olhar impressionado. "Eu tenho que distribuir todos os meus folhetos antes que eu possa sair, obviamente."

A testa de Harry franziu, raiva momentaneamente esquecida. "Você está falando sério? Eles fazem você fazer isso? Que trabalho de merda. Você deveria ter um diferente.” Ele olhou em volta. “Ninguém vai ver se você sair, você sabe. Não é como se você tivesse que entregá-los a todos. A maioria deles provavelmente acaba no lixo de qualquer maneira.”

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