24/7 Em 168 Horas ( BDSM)

CAPÍTULO 1/

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Me chamo Helena Smith e tenho 23 anos.
Não sofro de nem um distúrbio mental. Não! Com toda a certeza, não sofro.
Sou uma pessoa totalmente perfeita com a minha sanidade mental em ordem. Que apenas tem alguns gostos ditos por alguns como peculiares… e um amor que aflora, que queima, que arde vigorosamente dentro do meu ser. Que me alucina e me faz entrar em um verdadeiro êxtase a cada vez que eu o provo! A cada vez que me entrego por completo a essa vivência “diferenciada!”

Bem vindos ao meu mundo.
Bem vindos a minha rápida e densa história.

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ERA QUASE meio-dia e meu coração estava acelerado.
Eu sabia bem das escolhas que tinha feito ao assinar aquele novo contrato com o meu Dono. Mas com toda a certeza, eu jamais poderia se quer imaginar o quanto isso poderia ser intenso! Quanto mudaria a minha vida por completo.
Olhei no relógio novamente e agora se passava mais dez minutos.
Senti um calafrio percorrer a minha espinha se expandindo por todo o meu corpo, me fazendo agoniza a cada segundo aqual o  ponteiro apontava.
A ordem dele não saía da minha cabeça.
A sua voz forte, era como uma tempestade em um mar que antes era sereno.

“Esteja pronta para mim, assim que eu chegar às  14:00”.

Lembrei de cada detalhes…
Da sua sobrancelha altamente arqueada ao me dirigir a palavra, e o seu maxilar levemente torcido… Trêmulo, como se controlasse algo fortemente potente e poderoso dentro de si.
Senti então na lembrança um leve suspiro.
Algo como se ele estivesse na minha frente me ordenando a ter que partir. Fazendo sentir o meu corpo novamente se arrepiar.
Não!
De forma alguma eu voltaria a desobedecê-lo.
Ainda mais agora, depois de sentir na pele o seu castigo de forma tão cruel...Tão fria.
Sim!
Eu faria tudo, menos desobedecê-lo novamente. Pois, não me entregar aos seus desejos, era o mesmo de não me render aos meus próprios delírios e fantasias.
Era como se o ar para respirar não tivesse tanto sentido sem ter a necessidade de me curvar diante dele e me entregar as suas ordens.
Não… com certeza, desobedecê-lo não era uma opção.

PARADA FRENTE AO espelho confirmo se tudo estava como havia sido ordenado dias antes.
Sorte a minha que sou uma empresária de grande sucesso, e que tenho capital o suficiente e pessoas confiáveis para segurar a barra nesses setes dias em que eu estaria fora. Literalmente indisponível para tudo e todos! Totalmente fora do ar!
Respirando fundo, tento concentrar as minhas energias nas minhas pernas. Elas agora parecem não me obedecerem mais.
Ainda paralisada a pensar, segundos tornaram-se minutos, quase horas, e eu estava agora dando de costas para o meu closet, me despedindo não apenas do meu quarto, mas sim, de toda a minha casa.

AO SAIR NA portaria do edifício ao qual morava, lá estava ele. Jefferson. O motorista particular do Derrick, o meu Dono.
Eu odiava realmente a forma como ele queria controlar tudo. E quando lhe digo tudo, não estou a exagerar…
Estreitei os meus olhos pelas lembranças que dançaram vagarosamente na minha mente, ao lembrar-me das privações de oxigênio.
De como ele delirava e ia do céu ao seu declínio por poder controlar até mesmo o ar que eu deveria simplesmente respirar.
Era fascinante ver o brilho no seu olhar a cada vez que ele me tomava de forma tão  sádica e precisa.
As suas mãos, o seu corpo, a sua mente… Tudo nele ardia em mim, fazendo-me queimar como brasa em um fogo ardente. Como se minha alma estivesse no inferno sendo torturada, e ele era o próprio diabo a me possuí, me tendo por completo em suas mãos.
Era como se ele fosse a minha única existência, e eu a sua única fonte de potência!

ENTREI NO CARRO ao cumprimentar o Sr. Jefferson, que logo me entregou uma carta enviada pelo meu Dono.
— Mais uma! — Bravejei mentalmente revirando os meus olhos já sentada no banco de trás.
Eu lhe era submissa, sabia bem disso. Mas no fundo, sabia também que a rebeldia gritava mais alto. Que a química que rolava quando eu o desafiava de qualquer maneira era mágica. Tinha um magnetismo perfeito! Eramos um sádico jogador de mentes e a sua masoquista apaixonada pela dor.
Sim! Eramos perfeitos!
“Mais tudo que é bom dura pouco.” — Não é mesmo?
Abrindo o bilhete sinto-me mais aliviada.
Esperava tudo, menos alguma gentileza da sua parte.
Não hoje. Não agora.

“Espero que goste do presente que lhe deixei. Use-o agora e esteja com ele no lugar marcado até a minha volta! Assinado: Seu Dono”

Era impressionante como até em uma simples escrita, uma simples palavra, ele me fazia tremer como vara verde e latejar por ele ao mesmo tempo.
Um único termo daquele bilhete se tornava encantador para mim. “Seu Dono!”
Aquilo era a confirmação de tudo que eu buscava e me dedicava tanto em me tornar.
Eu queria ser dele!
Pertencer a ele!
Ser a sua propriedade exclusiva... Por que eu poderia ter aquém eu desejasse aos meus pés, totalmente ajoelhado.
Eu poderia herdar o mundo se assim eu quisesse. Ter várias conquistas, ou até mesmo, tê-lo para mim, na palma da minha mão, sendo apenas meu e de mais ninguém!
Pois, sempre tive ciência das minhas virtudes. Eu era temida por ele e sabia disso. Mas a liberdade de escolher ser dele, de lhe ser submissa e fiel, apaixonada pelo sadismo dele sobre mim, sobre o meu corpo, era surreal! Era uma fonte de desejo que eu queria cada vez mais, e sabia que não poderia resistir. Não poderia mais fugir desse desejo tão intenso que assolava o meu coração.

Porque na verdade eu que era dele e estava completamente nas suas mãos!

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Nota: Quase todos os dias postarei um capítulo pequeno assim como esse. Será uma forma de um diário. Algo que possamos trocar uma ideia!
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Início 29/06/2020