Cheerleader | Versão Siyoon

16 - O Acampamento (Parte III)

Pov Sina

Não demorou muito para que achássemos as meninas. Elas estavam acima da cachoeira, em um rio que tinha ali. Por sorte, o barulho da água caindo impediu que elas ouvissem meus gemidos. Isso seria bem constrangedor.

- Até que enfim meu OTP apareceu. - Savannah falou saindo da água. - Vocês demoraram. - deu um sorriso safado.

- Para de graça, Clarke. - Heyoon me abraçou de lado. - Vamos? Porque se eu conheço bem Matías Jeong, ele vai vir atrás da gente se demorarmos mais um pouco.

- Seu pai é um chato. - Diarra falou irritada.

- Ele não é chato, só é super protetor. - me soltou para cruzar os braços.

- Em outras palavras, ele é chato mesmo. - Savannah falou e Heyoon revirou os olhos. - Mas... vocês querem mesmo ir para o mesmo lugar em que seus pais estão? Mesmo com esse chupão enorme no pescoço da Sina? - encarei Heyoon com os olhos arregalados.

- Ops! - dei um tapa um pouco forte em seu braço. - Ai! Desculpa! Eu me esqueci. - falou esfregando o braço. - Foi mal.

- Foi péssimo, Heyoon. Como que eu vou explicar isso? Eu estou ferrada.

- Existe uma solução muito simples. - Any se aproximou. - Estamos no meio do mato, é só falar que algum bicho te picou.

- Mas está enorme, não sei se eles vão acreditar. - Diarra falou.

- Como eu já disse antes, estamos no meio do mato, o que mais tem aqui são insetos que a gente nunca viu na vida, então é só por a culpa em um deles.

- No tribunal dos insetos, ele seria julgado injustamente, tadinho. - Savannah falou com uma carinha triste.

- Que? - todas nós perguntamos ao mesmo tempo, com cara de "cê tá doida, fia? Fumou cocada dos gnomos voadores?".

- Não? - perguntou.

- Não. - Heyoon respondeu. - Voltando ao assunto, a ideia da Any é boa.

- Tudo bem, vamos logo. - falei saindo na frente.

- Sina. - me virei para ver o que Heyoon queria. - É para o outro lado.

- Eu já sabia disso. - falei.

- Claro que sabia... - bufei, dessa vez indo para o lado certo.

Não foi difícil achar o acampamento, já que estávamos na direção correta. Matías e minha mãe estavam se esfregando, encostados em uma árvore.

- HEY! A gente está aqui. - chamei a atenção deles, que se separam rapidamente, causando risadas minhas e das meninas. - Nota mental: Não encostar naquela árvore. - dona Alex mostrou o dedo do meio, me fazendo encara-la incrédula. - Depois não pergunte a onde eu aprendo essas coisas.

- Vocês demoraram, estava quase indo atrás de vocês. - Matías mudou de assunto.

- Eu não disse? - Heyoon falou.

- Sina. - dona Alex chamou.

- Diga.

- Já pode começar a explicar.

- Explicar o porque de o planeta água se chamar Terra ou o porque de a matemática não conseguir resolver seus problemas sozinha? Seja mais específica. - dei um sorriso cínico. Eu sabia muito bem do que ela estava falando, e pelo visto as meninas também, porque elas me olhavam claramente nervosas.

- Que marca é essa no seu pescoço? - Matías se entrometeu.

- Um inseto estranho me picou, acho que tenho alergia. - minha mãe me encarava com um olhar fulminante. Merda, isso não é um bom sinal.