Cheerleader | Versão Siyoon

21 - Eu sou um monstro

Pov Sina

Puta era uma palavra que não chegava nem perto de me descrever naquele momento. Só podia ser brincadeira, qual é o problema dessa garota? Se ela queria me atingir, ela estava de parabéns, porque ela conseguiu.

Eu até que tinha achado a Sofya uma pessoa legal, mas agora percebo que ela é só mais uma vadiazinha querendo atenção. Mas o pior de tudo nem era o fato dela ter se atirado em cima da Heyoon, mas sim o fato da Heyoon ter aproveitado a situação para esfregar na minha cara que ela nunca seria minha. Que ódio.

E o idiota do Bailey era tão otário que estava levando chifre e ainda sorria igual um retardado. Babaca.

Todos ali já estavam bêbados, incluindo Heyoon. Eu era a única pessoa sóbria em toda a festa.

- Eu acho que vou embora. - o álcool estava nítido na voz de Heyoon. - Já está tarde.

- Qual é, Heyoonzita? Fica mais um pouco. - Sold tinha a voz firme apesar de quase não conseguir ficar em pé.

- Eu tenho que levar a Savannah e a Diarra em casa. - ele riu.

- Elas foram embora com o seu carro já tem um tempão.

- O que? Que vadias. - suspirou. - Sold, me empresta um dos seus carros.

- Fumou maconha? Nem morta que você vai encostar em um dos meus bebês estando desse jeito.

- Você sempre dirige bêbado, por que eu não posso?

- Porque o carro é meu. - Heyoon bufou. - Vamos fazer assim, a Sina te leva.

- Oi? - perguntei com os olhos arregalados. - Eu não vou levar ninguém em casa não.

- Você é a única sóbria aqui, se a Heyoon for sozinha, ela vai acabar batendo em um poste. Você quer que isso aconteça? - sim.

- Vai lá, eu empresto o meu carro. - Lamar falou perto do meu ouvido, mas aposto que todo mundo ouviu, já que ele não sabe sussurrar quando está bêbado.

- Eu só quero ir para casa. - Heyoon falou olhando em minha direção. - Vamos logo. - suspirei pesadamente antes de pegar a chave do carro do Lamar e sair de lá, com Heyoon logo atrás de mim. - Por que tanto medo de ficar sozinha comigo? - perguntou assim que dei partida no carro, mas não me dei o trabalho de responder. - Não vai responder a minha pergunta? - mais uma vez recebeu o silêncio como resposta. - Gostei disso, eu falo e você ouve. - liguei o som na tentativa de fazer ela calar a boca e ouvir a música. - Você é uma vadia.

- Abaixa a bola, tá?

- Cala a boca, o jogo é "eu falo e você escuta", não "eu falo e você fala também". - revirei os olhos. Por que gente bêbada é tão insuportável? - Como eu ia dizendo, você é a vadia mais puta que eu já conheci. - eu fiquei quieta, mas a minha vontade era de xingar ela de todos os nomes possíveis. Aquilo tinha me machucado de uma certa forma. - Você, Sina Deinert, me dá nojo.

- Não era o que parecia à uma semana atrás.

- À uma semana atrás eu te amava, agora, eu te odeio.

- Que bom, porque meus sentimentos não são muito diferentes dos seus. - ela ficou em silêncio pelo resto do caminho. - Pronto. - estacionei o carro em frente à sua casa.

- Por que você fez aquilo? - seus olhos se encheram de lágrimas. Era só o que me faltava.

- Aquilo o que? - perguntei com o cenho franzido.

- Por que você... chupou o pinto dele no armário do zelador? - meus olhos se arregalaram na mesma hora. Ela viu. Por isso ela estava fazendo tudo aquilo. Merda. - Você queria que eu visse e ficasse mal por isso? - deixou que uma lágrima escapasse.