Paradoxo Temporal - A busca por Allison

Malia

Flashback on, 6 meses atrás.

- ...Desculpa, Scott. Eu não queria ter que te falar isso, espero que você me perdoe.

- Malia, pare. Eu sei que esse é o seu sonho, você havia desistido para nos ajudar a salvar a cidade. Eu jamais quero ser o impasse entre você e os seus objetivos. Quero que você seja feliz e que viva intensamente, com ou sem mim. Tudo que vivemos esses meses foi maravilhoso, mas sei que ir pra Paris é o que você realmente quer e eu te apoio.

Flashback on, Paris, 3 meses atrás.

Malia estava andando pelas ruas de Paris com um sorriso estampado no rosto, jamais se sentira tão feliz na vida. Com o fone tocando "Poker Face" e seus olhos brilhando, ela seguia admirando a beleza da cidade. Até que alguém esbarra nela.

- Olha por onde anda! Não me viu não? - grita Malia, enfurecida.

- Desculpa...

A garota de cabelos castanho claro olha diretamente para o garoto alto, loiro e de lindos olhos azuis, ele não parecia nada estranho.

- Espera, eu te conheço... você é o... Isaac?

- Sim. E você é a Malia, namorada do Stiles? Caramba! O que você está fazendo aqui?

- Ex do Stiles. Depois que as ameaças acabaram em Beacon, eu resolvi vir para cá.

- Ah, desculpa, eu não sabia do término - diz Lahey, envergonhado. - O que aconteceu lá desde quando eu fui embora?

- Muita coisa, quer tomar um café? Te conto tudo.

- Opa, vamos! Adoro um café...

Os dois andam a procura de uma cafeteria para poderem sentar e conversar. Durante a caminhada, o silêncio reina. Até que, enfim, encontram o lugar, entram e pegam uma mesa.

- Boa tarde, o que vão querer? - Diz a garçonete.

- Um frapuccino - Malia pede.

- Um café com leite, gelado - diz Isaac.

- Já volto com os pedidos.

Malia está olhando fixamente para os olhos de Isaac. Os lindos olhos azuis de Isaac, não há coisa no mundo mais bela do que aqueles olhos.

- Mas e aí, o que aconteceu depois que eu fui embora? - Indaga Isaac.

- Bom, tivemos alguns problemas com um tal de benfeitor, que queria acabar com os seres sobrenaturais de Beacon, no final acabamos descobrindo que era uma banshee que se inspirou nos planos do meu pai, Peter.

- O Peter é seu pai?

- Pois é, ele e a "loba do deserto", mas eu já matei ela.

- Você matou sua mãe?

- Matei, mas ela também queria me matar.

- Relação estranha entre mãe e filha.

- Um pouco. Depois tivemos problemas com a Kate, tia da Allison.

- Ela sobreviveu? Como assim?

- É, virou lobisomem, ou quase isso.

- Seus cafés - interrompe a garçonete, colocando os copos na mesa.

Isaac e Malia passaram o resto da tarde juntos no café. Malia contou tudo que havia acontecido na pequena cidade depois da partida do garoto. Até que começou a escurecer e Isaac levou-a para o apartamento onde ela estava ficando.

Chegando em seu apartamento, o celular de Malia vibra. É Scott.

"Oi, Malia! Queria saber como você está. Está curtindo Paris? As coisas pra mim não estão nada boas, espero que você esteja sendo feliz. Beijos!"

Ignorando a mensagem, a garota convida Isaac para entrar e os dois tomam vinho, enquanto caem em gargalhadas a noite toda.

Paris, França, dias atuais.

Malia estava sentada na cozinha, sua cabeça estava prestes a explodir, nunca havia sentido uma dor tão forte, tirando as outras centenas de vezes nos últimos meses. Eis que a o interfone toca.

- Isaac Lahey está aqui - diz o porteiro.

- Pode deixar subir.

Após o dia no café, Isaac e Malia se aproximaram cada vez mais. Dizem os dois que são apenas amigos. Malia se nega e Isaac também, mas ambos sentem algo um pelo outro, porém são orgulhosos demais para admitir.

Depois de alguns instantes, o garoto loiro abre a porta e se depara com Malia desmaiada no chão da sala. O mesmo entra em desespero. Ele já havia acostumado com as ligações da garota pedindo ajuda quanto a dor de cabeça, mas jamais havia imaginado que algo assim fosse acontecer. Isaac, sem pensar duas vezes, age com rapidez e tira a dor de Malia, fazendo-a despertar.

- Graças a Deus. Malia, suas dores de cabeça estão me preocupando. Já faz meses que isso está acontecendo. Você não deveria, sei lá, procurar ajuda?

- Ajuda de quem, Isaac? Ninguém pode me ajudar. Eu não sou humana e com certeza essa dor também não é humana.

O telefone toca. É uma mensagem de Stiles.

"Precisamos de ajuda. Agora!"