twenty-four

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Acordei novamente. Dessa vez não havia luz forte, o lugar estava silencioso e frio.

Acho que estou delirando. Espere, é realmente um garoto? Tem um garoto dormindo ao meu lado?

Com certeza estou sonhando.

Juntei forças e acendi o abajur ao lado da cama.

O garoto mal se moveu, ao contrário, se prendeu mais ao meu corpo. Talvez seja efeito dos remédios, mas eu gostei do seu toque.

Ele era moreno, e sua pele era clara, isso transmitia uma espécie de paz, ele também tinha cabelos enrolados - como pequenos caracóis.

Me aproximei novamente do abajur para desliga-lo, o garoto se moveu um pouco e começou a murmurar coisas.

- N-nã, Lo... Nã-não, e eu prometi.

E uma lágrima solitária desceu sob sua pálida bochecha. Peguei a ponta do lençol e a limpei.

Eu não o conheço, mas não é como se fosse um completo estranho, é difícil explicar.

Apaguei o abajur e dei um leve abraço no garoto, mas nada daquilo faz sentido. Quando ia retirar meus braços do seu corpo ele me abraçou, mas não me largou mais.

recovery // l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora