Capítulo 19

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Gabrielly narrando:

As aulas passaram rapidamente, consegui entender o conteúdo de matemática. No intervalo ficamos conversando e logo voltamos para sala, as últimas aulas fizemos um trabalho de sociologia.

Estava guardando meus materiais já que eu havia terminado meu trabalho, pego meu bilhete único e meu celular saindo da sala. Como terminei alguns minutos antes aproveitei e fui até a cantina comprando um salgado e uma coca, já que não iria para casa almoçar.

Estava terminando de comer quando Gui senta ao meu lado.

Gabrielly: Sua sala já foi liberada? – pergunto estranhando ele ter saído já que ainda não era hora.

Guilherme: Não, faltei semana passada e acabei perdendo a prova de química – toma um gole do meu refrigerante – então fiz ela agora, terminei e o professor me liberou – explica.

Gabrielly: Vou aproveitar que sai mais cedo e vou para o trabalho coisas – falo levantando e pegando as coisas de cima da mesa – Já aproveito e adianto algumas coisas que tenho para fazer.

Guilherme: Vou junto com você, tenho que buscar uma encomenda para minha mãe – se levanta também – vamos?

Gabrielly: Vamos – saímos da escola e fomos pegar o ônibus – aproveita que amanhã não vou trabalhar, e dorme lá em casa dorme lá em casa.

Guilherme: Pode deixar, já tava com saudades de dormi lá – dá sinal pro nosso ônibus – tinha que falar com você, descobri uma coisa que me deixou mal.

Gabrielly: O que foi? – entramos no ônibus – tem a ver com seu irmão?

Guilherme: Não, meu irmão já tá de boa até voltou a treinar – fala sentando ao meu lado – é sobre meu pai – suspira – descobri que ele tá traindo minha mãe, fui ao seu trabalho e como a secretaria dele não estava, entrei direto e encontrei os dois se pegando.

Gabrielly: Nunca achei que o tio Júlio seria capaz de trair a tia Carla, ele sempre foi tão carinhoso e amoroso com ela – falo lembrando que raramente via os dois brigando ou algo do tipo, eles sempre se amaram demais – o que ele fez quando te viu?

Guilherme: Descobri isso na sexta, quando ele percebeu minha presença se soltou da mulher e veio querer me explicar, falando que não era o que eu tava pensando – fala desanimado – mas eu vi ele se agarrando com aquela mulher, não deixei ele falar nada, saio de lá o mais rápido possível. Eu estava sentindo nojo do meu pai, o cara que eu mais admirava e achava que era perfeito, quando cheguei em casa minha mãe estava sentada na sala meio triste, quando perguntei o que havia acontecido ela falou que meu pai iria viajar, que não estaria em casa no dia em que eles completariam 18 de anos casados.

Gabrielly: Nossa gui, eu não acredito que ele fez isso com a tia Carla, ela sempre o tratou tão bem nunca deixou faltar amor dentro daquela casa. Você acha mesmo que ele foi viajar?

Guilherme: Eu duvido muito, deve estar com a amante dele – fala desanimado – provavelmente ele ficou com medo de que eu contasse para minha mãe e resolveu dar essa desculpa para não encarar as consequências.

Gabrielly: Você já contou o que viu para sua mãe – pergunto fazendo carinho na sua mão, ele nega – acho que devia falar a verdade para ela, seu pai não teria coragem e provavelmente se você não visse aquela cena, ele esconderia isso de vocês. Sua mãe tem que saber, não merece passar por isso.

Guilherme: Saber disso me deixo péssimo, queria ter falado com você antes – solta um suspiro – mas aconteceu tantas coisas esses dias.

Gabrielly: nem me fale – lembro dos últimos ocorridos – se quiser quando for contar pra sua mãe posso ir com você.

Guilherme: eu ficaria um pouco mais confiante para contar tudo – me olha – gab ela vai ficar tão mal.

Gabrielly: Nego é melhor saber mesmo que fique mal, a tia Carla não merece passar por isso – abraço ele – vai ser melhor.

Guilherme: Amanhã depois da aula vamos lá pra casa, ai conversamos com ela – me olha – ai você dorme lá, não queria falar e depois deixar ela sozinha, tudo bem pra você se dormimos na minha casa?

Gabrielly: Por mim tudo bem nego, ficamos na sua casa mesmo – percebo que estávamos chegando – vem, já temos que descer.

Nos levantamos e logo descemos, gui iria buscar a encomenda no shopping que tinha próximo ao meu trabalho, então ele foi comigo até meu trabalho e depois iria para o shopping.

Guilherme: Tchau minha princesa – fala quando chegamos em frente a academia – bom trabalho!

Gabrielly: Tchau nego – dou um abraço nele – qualquer coisa me liga.

Assim que nos despedimos entro na academia e vejo que eu estava quinze minutos adiantada, sigo em direção ao meu armário, guardo minha mochila e pego minha camisa do uniforme e meu celular. Sigo para o vestiário e troco de camisa, volto para meu armário guardando a que eu vestia antes, saio dali e vou para a recepção e fico conversando com as meninas.

Luna: Chegou cedo hoje – fala assim que me vê.

Gabrielly: Aproveitei que fui liberada mais cedo e vim antes – sento perto delas – aconteceu alguma coisa diferente hoje?

Mariana: Menina nem te conto quem apareceu por aqui – fala parando de olhar para o computador e virando para mim – os filhos do seu Jorge apareceu aqui hoje.

Gabrielly: Nem sabia que ele tinha filhos – falo a olhando – só sabia da Laila.

Luna: Eu e a Mari sabíamos que ele tem mais dois filhos além da Laila, mas nunca tínhamos visto nenhum dos dois.

Mariana: Até hoje e menina pensa em uns caras gatos – fala animada – você tinha que ver, pareciam ser esculpidos a mão.

Gabrielly: Eram tão gatos assim? – pergunto e as duas concordam – nossa, tenho que ver se são tudo isso mesmo.

Mariana: Acho que eles vão frequentar mais a academia, quem sabe da próxima vez você não os vê – vira para o computador novamente.

Luna: Meninas já deu minha hora, vou buscar minhas coisa – nos avisa.

Gabrielly: Vai lá, eu assumo aqui agora – me levanto e vou até onde ela estava antes, ela sai – foi muito corrido essa manhã?

Mariana: Até que não, de manhã é bem mais calmo – bebe sua água - agora que vai ficar um pouco mais corrido.

Luna: Já vou indo meninas – aparece já com suas coisas – e Gab tudo certo para eu poder faltar quarta?

Gabrielly: Sim, não se preocupe amanhã você fica aqui e eu falto e quarta eu fico no seu lugar – olho pra ela que estava na minha frete no balcão – pode ficar tranquila.

Luna: Obrigada gab, vai me ajudar muito – dá um sorriso amigável, pega seu celular – Tchau meninas, meu Uber já está me esperando.

Luna saiu e continuamos trabalhando, logo a Mari sairia para seu horário de almoço e eu ficaria sozinha, aproveito para adiantar alguns cadastros que estava atrasados. Meia hora depois cheguei a Mari saio para seu almoço.  

  

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Nada além de você (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora