Capítulo 3 - Relembrando e vivendo

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Anne   Carvalho

 

Foi por pouco, eu   quase o beijei, ele estava tão bonito, eu adoro quando o cabelo dele fica um   pouco maior e ele passa os dedos entre os fios para ficar um pouco arrepiado,   eu adoro. Ele sabe que eu o amo. Ele sempre vai saber, e eu sempre vou saber   o que ele sente quando ele desvia o olhar, ou fica naquela postura sem mover   um músculo, como na sala de reunião, eu não esperei ele terminar a conversa   com Harry, fui direto para o aeroporto, já que meu voo sairia em mais ou   menos duas horas. Quando entrei no voo, me vinham flashes do que aconteceu a   poucas horas, eu gritando com ele e xingando, meu Deus, que palavras feias eu   pronunciei, isso é horrível.

   

- Merda Andrew, eu te odeio, você estava   olhando para ela. – Eu gritava enquanto ele ria, estávamos jantando em um   restaurante, como o de costume. Eu odiava cozinhar, comecei apenas depois que   ele ficou distante de mim, quando eu me culpava pelo afastamento dele. – Para   de rir porra.

 

- Não xinga baby, não xinga, não gosto.

 

- Eu faço o que eu quiser, para de rir. –   Ele ria mais alto, comecei a bater nele, eu empurrava minhas mãos no peito   dele e ele se mantilha intacto, me olhando, ele batia os olhos no meu decote   e sorria.

 

- Eu olhei mesmo, você viu, ela tinha   peitos enormes, apenar que parecia silicone.    – Ele estava me irritando, eu sabia como iria acabar.

 

- Ah é Drew? Vou mostrar os meus seios para   o vizinho novo. – Saí em direção à porta. Eu realmente estava falando sério.   Ele logo me puxou e quando eu estava abrindo a porta ele a fechou a   novamente. Bastou   olhar para ele e pronto, meu mundo caiu. Eu suplicava mentalmente para ser   possuída por ele. Queria senti-lo profundamente, com força. Porra, eu adorava   quando eu tinha ciúmes e ele me olhava dessa forma.

 

-   Caralho, você não vai. Você não vai sair desse apartamento, não sabe o que   está se passando em minha mente agora.

 

- Me dê uma dica. – Eu lá   estávamos novamente nos agarrando no sofá.

   

Meu Deus, onde a minha mente vai quando se trata de Andrew? Eu   me lembrava perfeitamente deste dia, foi depois de dois meses de termos se   casado. Eu não posso evitar ao dizer que ele sempre foi ótimo na cama, a   Amber deve ter adorado. Ele foi meu primeiro homem, nós começamos a namorar   muito cedo. E eu era virgem. No dia do meu aniversário de 18 anos eu fiz   questão de perder a virgindade com aquele que eu acreditava amar. O que me   fazia triste era que ele teve duas namoradas antes de mim. E me senti impura   na minha primeira vez. Foi estranho, mas eu me entreguei e ele sempre me   fazia esquecer o resto ao meu redor e me focar nele. Mas nunca se esqueça de   uma coisa: a lei do retorno tarda, mas não falha. Não faça com os outros, o   que não gostaria que fizessem com você. A gente sempre acha que está fazendo   a coisa certa e prefere olhar para si mesmo e para as nossas vontades, até   sentir na própria pele que o outro tem esse mesmo poder que a gente tem.

 

- Não acredito que ele falou isso amiga, que safado. – Larissa   estava indignada com Andrew, e o pior é que eles eram amigos.

Duas Chances Para o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora