- υиι∂αѕ ѕσмσѕ мαιѕ fσятєѕ.

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Ayano Aishi. / On.

E eu estava no colégio.
Por algum motivo, este estava vazio e com um clima bem tenso. Eu estava no fim do corredor, uniformizada e sozinha. Não me hesitei em fazer uma breve caminhada tardia, olhando atentamente aos redores, tentando encontrar alguém. Foi então que senti os pelos de meu corpo se arrepiarem,  me alertando de uma presença. Tive que parar meu andar, tendo a ficar em silêncio e escutar algum ruído próximo. Logo, pôde ouvir passos ao longe atrás de mim, mas quando me virei não vi ninguém. Os passos foram aumentando enquanto girava-me para pegar o dono daqueles solados perturbadores.

Não tive outra opção, a não ser correr.

Eu corria pela escola e sentia que, quanto mais eu me afastava essa coisa se aproximava. Meu coração saltitava, quase saindo de minha boca.

Quando finalmente enxerguei a porta de saída, tive a esperança de sair dali viva... Mas uma mão tampou minha boca e me puxou para trás, colando minhas costas ao corpo do responsável de tal ato. Tentei me livrar, mas a coisa era forte demais. Então eu pôde ver a lâmina de uma faca levantada, já com impulso para efetuar uma facada, se preparando para me perfurar.

— Te peguei. — Uma voz masculina, irreconhecível me disse. Que logo, me esfaqueou no abdômen.

Isso tudo poderia ter sido real, se não passasse de um sonho.

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Acordei num momento em que senti o impacto da facada, em uma respiração pesada. Conferi meu abdômen e estava intacto. Deus, que experiência horrível...

— Ah... Que pesadelo. — Murmurei, me deparando com a cama de Yuno vazia. Onde ela estaria? Talvez furtando meu estoque de alimento, aquela garota era a Gula em pessoa.

Após fazer minha higiene e me arrumado, desci as escadas e a encontrei na cozinha, tomando seu café-da-manhã. O que não era novidade.

— Bom dia, Ayano — Yuno disse, de costas para mim enquanto fritava algo. Pelo jeito era bacon. — Acabei de fritar alguns ovos e bacons.

— Sério? — Eu disse, pois o prato encontrava-se vazio, apenas com algumas migalhas. — Porque acho que eles criaram pernas e fugiram.

— Hehe, foi mal. — Ao se virar, vi que na região de sua boca estava engordurada. Havia se entregado. — Eu tentei resistir mas a fome falou mais alto. — Se defendeu. 

— Tudo bem — Eu disse. — Um pão já me satisfaz. — E quando eu ia conferir a embalagem do pão... — Cadê os pães?! — Olhei para Yuno, surpresa.

— Que pães? Eu não sei do que você tá falando. — Se fez de sonsa.

— Certo... — Suspirei, indo em direção da porta de entrada. — Vamos indo, tenho muita a coisa para fazer.

— Ah, até sei pra quê é — Ela desligou o bujão e limpou a boca em um pano de prato, vindo em minha direção. — Prejudicar aquela garota para que Taro não goste dela. Você é cruel.

— Você se importa com a Osana? — Me virei para ela, em um olhar sombrio. Aguardando sua resposta.

— Não me importo com ninguém. — Aquilo foi inesperado. — Agora vamos indo, quero chegar o quanto antes na escola.

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E saímos de casa, onde apanhei a minha bicicleta e esperei que Yuno subisse na garupa. Em meio ao caminho de nosso destino, fiquei quieta e pensativa, passando bem próximo ao ponto de encontro onde Taro e eu nos conhecemos. Ele estava ao lado se Osana, ambos quietos. Paresse que eu fiz um bom trabalho... E essa garota também. Tentava saber o significado de meu sonho, o que era mais um pesadelo. Não pôde ver o rosto de meu assassino, apenas escutar a sua voz.

( 1° Temp. ) Amor possessivo - O Início. Onde histórias criam vida. Descubra agora