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O seu doce luar
O seu cheiro em cada sonho que tenho
Eu soube quando nós nos encontramos
Foi você quem eu decidi que fazia o meu tipo
Hey, soul sister - Train

O seu doce luarO seu cheiro em cada sonho que tenhoEu soube quando nós nos encontramosFoi você quem eu decidi que fazia o meu tipoHey, soul sister - Train

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Querida Aubrey,

Essa é a história de como o fim da minha vida começo.

Eu nunca tive muitas certezas na minha vida, mas acho que todos sabemos que queremos ser felizes. E é aí que está o cômico disso, muitas pessoas já são felizes, mas não se dão conta disso.

A busca desenfreada pela felicidade é uma farsa. A felicidade não pode ser encontrada, ela se faz presente, e você tem que ser atento o suficiente para se dar conta da companhia dela, e fazê-la ficar. 

E eu não fui. Só percebi a sua presença quando ela saiu e fechou a porta atrás de si. E perdi as minhas chances.

Eu estava na praia, como basicamente em qualquer outro dia do verão. 

Não havia te visto o dia inteiro, e você não respondeu nenhuma das mensagens que mandei, então presumi que você estava ocupada. O dia estava bom, o clima agradável e depois de passar praticamente o dia inteiro surfando e resolvi assistir o pôr do sol antes de voltar pra casa.

Você caminhou em minha direção com passos firmes e decididos. Em qualquer outra situação eu saberia que estava com problemas, mas algo estava diferente. Seu rosto estava radiante, e um sorriso gigante estava estampado em seus lábios.

Em questão se segundos você entrelaçou seus braços finos no meu tronco e soltou todo o peso sobre meu corpo. Eu retribui o abraço ainda que confuso, e meus pensamentos ficaram turvos quando seu cheiro invadiu minhas narinas.

Eu sempre amei o seu perfume.

Não é como se só você usasse ele, mas ele combinava com você. A fragrância se fundia a sua pele e a mistura ficava perfeita. Eu sempre amei como o cheiro doce se encaixava perfeitamente com você, mesmo que você não fosse a pessoa mais doce do mundo.

Você se afastou o suficiente para que eu tivesse uma visão perfeita do seu rosto, e sorriu novamente. Mas antes que eu pudesse dizer algo você me abraçou de novo ainda mais forte.

Eu coloquei as mãos sobre seus ombros e te afastei delicadamente.

— Não que eu não goste desse seu surto de amor por mim, mas será que eu poderia saber o motivo? — as palavras saíram com cautela enquanto eu erguia uma sobrancelha.

Mas você não disse nada. 

Seus olhos foram em direção ao mar, e o céu alaranjado refletiu sobre eles. Você estava linda, dolorosamente linda. 

Eu sempre te achei linda, Aubrey.

Desde o dia em que eu te vi pela primeira vez.

Me lembro de que naquele dia, eu ia sair para ir com os meus amigos numa sorveteria. Era julho e fazia um calor dos infernos. Eu peguei minha bicicleta e assim que a tirei da garagem o carro da sua mãe parou na casa da frente. A princípio eu não fiquei muito interessado, meus pais já haviam dito que teríamos vizinhos novos, e isso não despertaria tanta curiosidade num garoto de oito anos.

sol sisterOnde histórias criam vida. Descubra agora