O Grande Cataclisma

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Era uma manhã como qualquer outra na grande Azernoth, os pássaros cantavam sobre o sol, as arvores retorciam ao vento e enquanto isso eu estava trancada na biblioteca muito ocupada com meus livros e projetos de espadas... Uma boa pesquisadora de espadas precisa se manter informada sobre as melhores espadas no mercado.

Até que então eu percebi um pequeno grupo de pessoas se agrupando na praça em frente a Biblioteca Imperial. Achei bastante estranho, não havia nada marcado para hoje para essas pessoas estarem todas ali, nenhuma passeata, feira ou sei lá uma execução... sim as pessoas se agrupavam para assistir execuções. Sendo assim me levantei e preocupada fui a praça.

- Senhora desculpa a pergunta assim dê repente mais por que essa comoção toda? - perguntei a uma mulher que segurava seu filho nos braços.

- Ah olá jovem garota estamos todos preocupados com o Laboratório... temos ouvidos sons estranhos e luzes ainda mais estranhas. - responde a moça enquanto aponta para o Laboratório de Pesquisas Mágicas

Antes mesmo que eu pudesse reagir a tais fenômenos algo muito mais estranho e igualmente assustador aconteceu:

Diversos pesquisadores saíram desesperados gritando todos quase como um coral -- Ele está vindo, corram seus idiotas corram enquanto a tempo!! Mais alguns outros saíram, entretanto esses estavam com olhos negros e com uma postura totalmente bizarra dizendo apenas -- Ele está vindo, regozijem-se.

- Mais que por... -antes que eu pudesse terminar minha fala assustada, a criança que estava no colo daquela moça prontamente diz: -- Olha mamãe o céu está brilhando. - diz enquanto olha fixamente para o céu azul.

Eu olho para o céu e avisto um círculo de pura luz bem em cima do laboratório poucos segundos depois o círculo começa a formar um símbolo... símbolo esse que eu jamais poderei esquecer...

A Guarda Real chega ao local mais ninguém conseguia para de olhar para aquele estranho fenômeno

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A Guarda Real chega ao local mais ninguém conseguia para de olhar para aquele estranho fenômeno... quanto a mim? Bom era um pouco mais complicado por assim dizer...

Aquilo me prendia não consigia parar de olhar era como se estivesse tentando falar comigo, até que de fato escuto ecoar na minha mente uma voz... uma voz apavorada e raivosa dizendo -- Ele está vindo restaure o Selo. - Eu rapidamente retruco -- Quem disse isso? Quem diabos está vindo? As pessoas rapidamente me olham, certamente eu falando sozinha era mais importante que o... o negócio no céu.

Já se passaram alguns minutos desde que aquele... bom eu vou chamar de símbolo tosco e estranho no céu.

- Eu estou me sentindo um pouco tonta. Pode segurar meu filho por alguns instantes. - disse a moça que parecia estar exausta e enjooada.

- Ah... Claro. - respondo um pouco confusa.

- Qual seu nome senhorita? - pergunta a criança.

- ... Ah perdão... estou meio confusa me chamo Alice - respondo ainda mais confusa com a situação.

- Que belo no... Antes que a criança pudesse responder o símbolo começou a brilhar cada vez mais forte até que ele se rompe em uma imensa explosão lançando consigo diversos fragmentos, um deles veio diretamente no meu peito. O que eu senti naquele momento era indescritivel, era como se meu sangue estivesse fervendo, cada parte do meu corpo se desmontando, senti tambem uma queimacão muito forte no meu braco esquerdo além é claro minha espada que misteriosamente apareceu na minha mão.

- Senhorita Alice você está bem? - pergunta a criança enquanto abraça sua mãe que estava sentado no chão devido ao enjoo.

Eu olhei para a criança com um olhar sanguinário, estava fora de mim. Antes que eu desembainhasse minha katana escutei as pessoas desesperadas gritando e correndo... volto a mim mesma... e me deparo com uma imensa cidade que descia dos céus. Ela vinha rasgando o céu trazendo consigo criaturas e diversas outras construções que caiam de lugar nenhum sobre toda Azernoth, destruindo tudo, matando tudo... era  sangue para todo lugar.

- Mais que merda está acontecendo? - grito quase lançando meus pulmões para fora.

- Senhorita por favor... leve meu filho com você... eu... eu não consigo me mexer - diz a mãe da criança.

- O que você disse? Levar seu filho? - mais que droga não posso deixar essa criança largada aqui de qualquer jeito enquanto essas criaturas dilaceram e devoram as pessoas.

- Tudo bem. Vou tirar seu filho desse lugar. - eu disse logo em seguida.

- O...Obrigado. - responde a mãe enquanto chora.

Eu ergo minha mão para o garoto enquanto ele chora ao lado da mãe. -- Venha garoto, vamos sair daqui. Rápido! - a criança rapidamente responde -- Mais a minha mãe, mamãe não vou te deixar aqui...

- Eu disse agora... - respondo a criança enquanto olhava para ela. Eu não sei o que ele e a mãe viram em mim, mas ele prontamente engoliu o choro e subiu nas minhas costas e então zarpamos dali... enquanto eu corria vi uma daquelas criaturas devorando a mãe do garoto. É claro que eu cubri os olhos da criança ela definivamente não precisava ver aquilo.

Mais que merda não consegui fazer nada a respeito... mais eu preciso manter minha palavra de tirar essa criança desse inferno.

Enquanto corria desesperada notei alguns fragmentos caírem em alguns outros lugares, outas pessoas eu suponho. Estávamos eu e a criança nos aproximavam do portão norte de Azernoth quando me deparei com uma daquelas criaturas se aproximando por trás elas pareciam estar me perseguindo, os guardas que recuavam as pessoas pelo portão correm com suas espadas e escudos em mãos indo de encontro com aqueles bichos. 

Eu os interrompo com minha espada e então digo -- Levem essa criança para longe daqui! - os guardas respondem -- Senhorita? O que você pensa que está fazendo? Saia daqui... -- Shhh! Não entre na brincadeira dos adultos aqui. - Respondo friamente novamente com aquela sensação sanguinária. Eu não me sentia eu mesmo, aquela sensação sanguinária voltava uma vez mais era como se alguma outra coisa tomasse conta do meu corpo... me sentia bem, no entanto. Eu escutava a minha espada implorando por sangue... que péssima dona eu seria de não conceder seu desejo.

Antes de desembainhar a espada vejo que algumas pétalas carmesins estão me cercando... elas pareciam me obedecer, eu sentia que elas eram quase como uma extensão do meu corpo, quando olho paras aquelas criaturas as pétalas voam em direção a eles os brutalizando. Eu definitivamente não estava ali, mais alguma outra coisa sim. Logo após esse ocorrido eu começo a me sentir eu mesma novamente e então olho para o garoto que juntamente com os guardas e algumas outras pessoas me encaram espantadas. Eu mando um sorriso calmo e digo -- Vamos garoto, vamos sair logo daqui... Antes de terminar de falar sinto uma fraqueza muito forte, já não sinto meu corpo... droga acho que vou d

É disso que eu lembro antes de desmaiar.




Ruínas de AzernothOnde histórias criam vida. Descubra agora