Hoje eu acordei em plena sexta-feira pra tomar o meu café e me deparo com um cena normal ao meu ver, Lucas largado no sofá com sua amiga Ingrid assistindo "De férias com o ex".
Não sei porque mas a minha melhor reação no momento foi dizer com minhas belas palavras o meu mais sincero e casto
_Dane-se, eu tenho trabalho e não tenho tempo para isso, seus bando de desocupado
_ Não somos desocupados… somos pessoas com faltas de afazeres domésticos. Disse Ingrid comendo uma coxinha que era grande demais para boca
Se bem que a língua grande dela deve ocupar todo o espaço
São desocupados sim, se não fossem não iam ficar aí de bobeira
_eu já ganho o suficiente pra pagar as metade das minhas contas, logo eu tenho todo o direito de ficar largado como um mendigo no meu sofá
Seu uma pinoia, Noooosso
_ Mesmo assim, eu tenho todo o direito
Enquanto nós tínhamos nossa briguinha nossa matinal diária dei por falta do outro indivíduo que estava assistindo televisão, pensei que ela tinha evaporado até eu ouvi o barulho de algo borbulhando na cozinha
Vou até lá para checar, vai que ela quer cozinhar a gente, porque cá entre nós eu sou uma delícia
_ menina oque você tá fazendo?
_ tô fazendo café, eu tenho que trabalhar, afinal minha vida ainda não tá ganha
Depois disso eu caí na real, e fui correndo me arrumar pra ir pro trabalho, meu deus do céu meu chefe vai me matar e me jogar pros tubarões.
Quando olho para o relógio percebo que ainda faltam dez minutos pro meu trabalho começar, pelos meus cálculos se eu correr como se minha vida dependesse disso eu consigo não ser demitido.
Então depois de um puxão de orelha no Lucas, um trem e uma corrida eu consigo chegar, não tão cedo mas o suficiente pra continuar trabalhando.
Agora eu tenho que alimentar os golfinhos, os botos da Amazônia e as bebês baleias beluga.
Eu queria nadar com elas algum dia, deve ser legal nadar com elas e olhar nos seus olhos enquanto nadamos lado a lado.
Sou tirado dos meus devaneios quando recebo um jato de água direto na cara.
_Sheldon pela última vez nessa semana, você vai comer, então para de jogar água na minha cara, seu palhaço aquático.
Sheldon é o golfinho que achamos preso nas redes de pesca, ele estava desidratado na praia e todo cortado, ele não se adaptou tão rápido, mas aos poucos ele foi me aceitando como amigo.
Depois de alimentar os golfinho eu alimento os botos, eles foram apreendidos nos esquemas de tráficos do Brasil, eles ficam mais na deles, menos com as crianças que passam na frente do aquário de vidro, eles fazem graça com as crianças de lá.
Os outros animais que eu alimento são os bebés beluga, são tão fofinhos com aquelas cabeças redondas
Juro que se eu fosse um picolé eu me derretia
Depois de alimentá los eu brinco um pouco com eles e inspeciono pra ver se eles estão bem, nunca se sabe o'que pode acontecer. Então depois de alimentá los mais duas vezes no dia Eu finalmente resolvo o'que eu vou fazer.
Percebi que sempre passo pelo aquário, ele é tão grande, mas tão vazio. Eu tenho que nadar nele, nem que seja uma só vez, parece que alguma coisa está me chamando para entrar lá.
Será que é coisa da minha cabeça? Deve ser acho que é melhor ir para casa, eu tenho que dormir cedo hoje
Eu tô dormindo muito tarde, é tudo culpa dos mangás se não fosse isso eu dormiria cedo, aí mas é tão bom
_Ai Deus oque eu faço agora
Depoi de falar isso eu ouço um barulho de coisas caindo, mas não sei se devo ir ver o'que é, podem ser só os outros funcionários que trabalham a noite.
Então depois de pensar muito resolvi ir ver sobre o'que se trata
Segui o barulho pelo aquário dos tubarões, tudo estava escuro parecia que não tinha ninguém lá, quando estava prestes a dar meia volta ouço vozes e passos ao longe, comecei a chegar mais perto para ver do que se tratava, as vozes não estavam tão altas, não o suficiente para serem ouvidas, pensei em me aproximar mais.
Até que sinto uma mão no meu ombro, minha primeira reação foi parar de respirar pra ver se eu morria na hora, mas como não deu certo eu decidi olhar pra trás e ver de quem era aquela mão.
Antes que me virasse ouço uma voz perguntando
_o Que você está fazendo aqui, pelo que eu saiba você fica em outra ária e seu turno já acabou.
Não sei se ficava aliviado ou envergonhado, eu sei que não devia bisbilhotar por aí mas eu acho muito estranho que tenha vozes cochilando pelos corredores então decidi falar a verdade.
_Eu ouvi um barulho aqui e queria ver oque era
_ Uns objetos caíram da prateleira nada demais. Ele disse isso em um tom não muito amigável.
_Ah, ok então acho que eu devo ir embora agora.
_ É, você deve.
Fui embora com aquele barulho na minha cabeça, não sei oque tá acontecendo mas isso tá estranho, talvez seja só paranóia minha, algo pode só ter caído mesmo
Fui o caminho todo com esse pensamento mesmo que eu tentasse eu não conseguia engolir isso.
Após chegar em casa a única coisa que eu queria era tomar um banho e cair na cama, mas eu divido uma casa logo eu também divido as responsabilidades, hoje eu sei que eu que vou lavar a louça.
Em geral nossa casa é limpa porque quase não tem coisa pra bagunçar então combinamos de cada um arrumar seu quarto, e dividir a limpeza da louça, do chão e do banheiro.
E hoje eu fiquei com a louça, o bom é que não tinha tanta.
Depois que tudo ficou limpo eu decidi tomar meu banho rápido de 40 minutos e ir dormir, acho que agora eu tenho que começar a focar no animal novo que vai chegar daqui a três dias.
É melhor mesmo, se eu estiver focado só no trabalho eu não vou ter tempo de meter em confusão, é lógica pura
Se você leu até aqui é pq gostou
Ou foi tão ruim que você não conseguiu tirar
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Meu amor marinho
FanfictionVinicius é um jovem que trabalha em um aquário, ele alimenta os peixes e vivi com o seu amigo Lucas em um apartamento compartilhado, sua vida é normal e pacifica até que um único sentimento começa a abalar tudo.