Assim que viu os grandes portões da sua antiga casa fecharem, Minghao pensou em pegar seu telefone para ligar para alguém. Mas quando pegou o aparelho e analisou os seus únicos três contatos percebeu que não havia ninguém. Não havia mais ninguém que se importava com Xu Minghao. Agora ele estava completamente sozinho.
Seu corpo bateu com um baque surdo no muro da mansão e deslizou até ficar sentado no concreto frio da calçada. As lágrimas caiam, porém o chinês não esboçava nenhuma emoção. Não tinha mesmo para onde ir e sua última esperança de ser feliz tinha o deixado como Junhui.
Se encolheu em uma bola e ergueu seu telefone diante dos seus olhos, encarando sem parar o contato de seu pai brilhando na tela. Hao não falava com ele desde que saiu de sua cidade natal e foi fazer um intercâmbio nos Estados Unidos. Foi lá que conheceu Jun e toda sua história juntos começou.
E ao se lembrar do marido, ou ex-marido, o Xu se deitou no chão duro e chorou até dormir. Sonhando com o casamento dos dois, seus beijos apaixonados, o sorriso do Wen e a última vez que disse que o amava. Na roda gigante, ao pôr do sol. Então desejou nunca ter dito aquelas três palavras, porque tudo o que amava sempre era tirado de si da maneira mais cruel possível.
Sempre.
...
Jun escutou os primeiros toques do despertador e o desligou na hora, ficando sentado no colchão enquanto olhava para o nada. Normalmente ele teimava bastante para sair da cama de manhã, mas essa noite Junhui mal pregou os olhos. Passou a madrugada toda revendo suas fotos com Minghao e tentando não chorar ou sentir a falta dele.
Viu as fotos do intercâmbio onde se conheceram, do pedido de namoro, dos vários encontros, fotos se beijando, sorrindo com as testas coladas, nudes. E ainda se atreveu a ir até o computador para ver as fotos do casamento! Mas, porque ainda se importava? Hao estava morto para ele? Não estava?
Minghao é um traidor. Pensou. Você não precisa dele!
Jogou o celular na cama e se levantou determinado a não pensar mais no outro chinês. O Wen era um homem crescido, jovem e que pagava as suas próprias contas. Não precisava do Xu na sua vida! Se no passado precisava do seu amor e carinho, agora não precisa mais! Era completamente independente de Xu Minghao!
Abriu seu armário em busca de uma roupa para o trabalho e ficou encarando os milhares de ternos sem saber o que fazer. Seu cérebro entrou em pane e então, Jun reparou... Era seu marido quem escolhia sua roupa. Não porque Junhui não sabia escolher ou era totalmente dependente de Hao, não era isso! Era que o mais novo insistia tanto para aplicar seus conhecimentos de moda no Wen que este não podia dizer não.
Ming vivia dizendo que se Jun não fosse um CEO ele conseguiria facilmente ser um modelo. O mais novo terminou sua faculdade de moda nos EUA junto de Junhui, que fez administração, mas nunca pode trabalhar com o que amava porque acabou se casando muito cedo e vivendo às custas do marido por puro receio de seguir o seu sonho.
Nossa, mas o mais velho insistiu tanto para Minghao começar uma loja! Ou pelo menos postar seus desenhos na internet para ver o tanto de elogio que ganharia. Hao era tão talentoso! Contudo, ele tinha medo. Seu marido viva com medo, Jun concluiu. Então depois de um tempo as insistências pararam e o chinês aceitou seu destino como dono de casa, fazendo os rumores de que ele só se aproveitava de Junhui se tornarem ainda mais verídicos.
Inconscientemente, Jun se encontrou no ateliê de seu ex-marido, admirando seus desenhos. Haviam tanto rascunhos de roupas quanto de si mesmo, Hao amava o desenhar. Ele desenha tão bem. Onde ele deve estar? Está com frio? Está com fome? Dormiu bem? Somente percebeu que algumas lágrimas caíam quando viu as manchas no papel, guardando tudo às pressas após perceber que estava atrasado para o trabalho.
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Magazine [Meanie]
Fanfiction"Não importa como estamos de verdade, o que importa é o que aparece em uma revista." Jeon Wonwoo era famoso, rico e bonito. Ele não precisava e nunca precisou de ninguém. Mas se ele quisesse resolver esse problema, ele precisaria de Kim Mingyu.