Prólogo

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- Andressa, se esconda no seu quarto e não saia de lá por nada meu anjo- Minha mãe grita desesperada, ela está agachada de frente para mim, tira o fio com o pingente de uma Fênix e coloca em meu pescoço afagando meus ombros, tem os olhos assustados e cheios de lágrimas isso me faz chorar também porque fico desesperada ao ver o desespero dela. Meu pai está nervoso e segura fortemente um facão, eu posso ver o medo nos olhos dele enquanto contamos os segundos para a porta ser derrubada, não sei quem está a forçar a porta mas toda esta situação me deixou cheia de medo.

-Andressa, meu anjo, escute a sua mãe e se tranque no quarto não se esqueça que nós te amamos muito meu bem- Meu pai me desperta do transe em que entrei e eu imediatamente corro para o quarto sem falar nada, me tranco e vou para o canto, imediatamente depois de eu me sentar escuto um estrondo e depois algo cai, acho que foi a porta, então fecho os ouvidos com as palmas das mãos com o queixo apoiado nos joelhos e fico nessa posição por incontáveis segundos.

Um quarto escuro com as janelas todas fechadas e o meu medo e a minha claustrofobia só aumentam, não consigo respirar. De repente oiço um barulho, alguém derrubou a porta e vejo um homem gigante parado bem na minha frente e eu só consigo sentir mais medo, ele me carrega e eu não resisto, também estou fraca demais para resistir.
Ao passar pela sala eu vejo dois panos cobrindo algo que não sabia o que era até bater um vento e levantar uma parte de um deles e pude ver claramente o rosto da minha mãe totalmente sem vida e então conclui que o segundo só podia ser o meu pai, aí a ficha cai e começo a debater-me contra o peito do homem gigante que me carrega para fora da minha casa, eu quero pelo menos me despedir deles mas ele não deixa, sou deixada dentro de um carro que arranca logo que a porta é fechada e agora não sei mais o que será de mim.

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Estou numa sala com paredes de cor creme, duas prateleiras cheias de papéis de cada lado e uma secretária no centro, na verdade está próxima da janela, parece uma sala de um director mas tem um plaquinha onde está escrito: Conselho Tutelar, agora não tenho mais casa e acho que terei que sobreviver sozinha.

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