Capítulo Seis

318 80 270
                                    

6

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

6.

            O trio continuou a subir a montanha atrás dos outros integrantes do grupo, sem ainda terem lido o pergaminho, afinal Aura estava preocupada com os amigos. Nenhum deles sabiam que perigos poderiam enfrentar e o fato de só terem Luan como proteção das meninas, era no mínimo inquietante para nossa princesa. Lenny, o mais ansioso e desesperado de todos, andava a cerca de três metros a frente de nossos guerreiros.  

            — Não se preocupe, ele dá conta – afirmou Diego ao lado da dona dos olhos azuis, como que lendo os pensamentos da princesa.

            — Com o tempo se torna inevitável, preocupações é o que me cerca – constatou a jovem.

            — Acho que preciso te agradecer – o rapaz na intenção de mudar de assunto comentou, escolhendo as palavras com cuidado.

            — Abstendo-me do verbo acho, no início de sua sentença – a loira começou seu argumento, Diego por sua vez sorriu lateralmente, conhecia-a a tempo demais para saber que a melhor forma de distraí-la era irritando-a –, acredito que deva apenas ser grato por eu não tê-lo ouvido quando éramos crianças.

            — Aurora, eu já o fiz na carta.

            — Carta? – a moça aparentou confusão.

            — Olha – o rapaz parou de andar, e olho-a nos olhos, quando ela parou ao seu lado –, eu sei que nos machuquei naquele dia, agi como a criança que era, falei coisas das quais me arrependendo amargamente há anos; não posso voltar no tempo Aurora, não posso mudar o que eu fiz ou falei, as feridas com as quais sua alma está machucada nunca deixarão de serem cicatrizes, mesmo que eu tentasse não seria possível curá-la completamente.

            — As minhas cicatrizes mostram o que eu fui capaz de superar, elas são parte de quem eu sou hoje; uma pessoa não pode valorizar um céu azul sem o ter visto cinza, não pode valorizar um sorriso sem ter enfrentado as lágrimas. Somos o fruto dos nossos altos, mas principalmente dos nossos baixos, pois quanto mais fundo você for, mais alto subirá – declarou a princesa, fazendo com que o rapaz a admirasse mais do que achava ser possível, realmente ela havia crescido e amadurecido, e por culpa de si mesmo, ele não esteve lá para acompanhar. 

            — A verdade, Aurora, é que eu me tornei quem eu mais temia – confessou cabisbaixo.

            Amigo leitor, eu sei que está muito mais que confuso esse diálogo dos dois, mas não tenho o que fazer, eles são dois cabeças-duras que não sabem que precisam falar claramente para que nós, meros mortais, entendamos o que eles querem dizer. Por esse motivo peço do fundinho do meu coração que tenha paciência, por que nem que eu precise criar uma máquina do tempo para entender o que esses cabeçudos enfrentaram para serem tão ranzinzas, nós vamos conseguir as respostas para as nossas perguntas.   

Pétalas do Sol ✔️ Onde histórias criam vida. Descubra agora