11|Not so strange ideas

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Otávio cantarolava uma música quando chegou na empresa. Gabriel percebeu a animação do amigo.

__ Animado? - perguntou num tom sarcástico.
__ Sim, está chegando dezembro, e isso me lembra férias. Estou pensando em viajar.
__ Viajar? Tem ideia de para onde quer ir? - Gabriel estava preocupado.
__ Algum lugar quente, ainda não sei. - O sorriso de Otávio o tranquilizava.
__ Achei que passaria o natal conosco, Mia sentirá sua falta.
__ Apenas Mia? - Perguntou com um sorriso zombeteiro.
__ Com certeza, vamos trabalhar. - Falou sorrindo.

Gabriel sentiu um ar mais leve vindo de Otávio, fazia tempo que não o via assim. Estava feliz por ele.

__ Vou sair após o almoço para comprar presentes de natal, vai vir comigo? - Gabriel perguntou.
__ É claro, o que Mia pediu ao papai noel dessa vez?

Gabriel ficou pensativo, ele leu a cartinha de Mia mais de 10 vezes, ela pedia, nada mais, uma mãe. Ele já tinha providenciado, mas agora não sabia o que dar de presente a ela no natal.

__ Não vou te dar dicas.
__ Isso não é justo!

A batida na porta interrompeu o diálogo. Era Cecília.

__ Senhores, Edmund chegou, espera na sala de reuniões.
__ Obrigada Cecília.

Eles tentavam fechar com a cooperativa de minério de Edmund, esperavam que ele aceitasse a oferta. Era uma grande oferta. Os homens seguiram para a sala de reuniões ansiosos.

Enquanto isso, no centro da Upper East Side, Rose corria de um lado para o outro, a organização do ateliê estava a todo vapor. Precisava de mais ajudantes, era fato. Nem com Kamilly e Yuri estava conseguindo. A inauguração era em janeiro, dezembro está bem próximo, tinha pouco mais de um mês.

No fim da tarde, suspirando e exausta, Rose pôde finalmente sentar. Os pés doíam e a respiração estava ofegante.

__ Preciso urgentemente de um banho! - Kamilly se jogou no pequeno pufe azul. - Ainda bem que dezembro está chegando, duas semanas de férias.
__ Acha que conseguiremos terminar a tempo?
__ Amiga, mal respiramos, é claro que vai dar tempo.

O pequeno sino do ateliê tocou, anunciando a chegada de alguém. As duas garotas olharam em direção a fachada e avistaram Gabriel.

__ Eu trouxe comida - Levantou as mãos que continham duas sacolas.

Rose incontrolavelmente sorriu.

__ Você não precisava se incomodar!
__ Não sei você, mas eu tô morrendo de fome. - Kamilly falou.

Gabriel levou as sacolas até a pequena mesa e as depositou ali.

__ Podem se servir.
__ Obrigada, veio apenas para isso? - Rose perguntou enfiando um garfo cheio de macarrão na boca
__ Não, também vou levar você para casa.
__ Você não precisa se incomodar, posso ir de táxi.
__ Rose, Mia quer vê-la.
__ Posso trazê-la para passar o dia comigo amanhã.
__ Eu estava pensando de levar você para lá, hoje. Você pode dormir lá...

Gabriel parou subitamente quando Rose se engasgou.

__ Tudo bem? Vou pegar água para você.
__ Não, tô bem. - Kamilly segurou o riso.
__ Tudo bem se não puder, eu vou entender...

Rose remexeu o macarrão enquanto pensava, já dormiu lá uma vez, sobreviveria de novo. Faria isso por Mia, falou consigo mesma.

__ Eu só preciso passar no meu apartamento antes. Pode ser?
__ É claro! - Gabriel estava contente, mas é claro que não demonstrou.

Ele esperou ansiosamente as moças terminarem, assim seguiram para o The Carlyle.

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Gente eu sei que é um capítulo pequeno, porém a continuação dele sai sábado. Beijinhos amoras ❤

Comentei e votem muito, isso me motiva mais. ❤

Mãe de aluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora