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Quando entro em minha casa me deparo com Duda ajoelhada no chão,os braços em cima do sofá é sua cabeça entre eles. Meu coração doeu de uma forma inimaginável.

A criada está em pé ao lado dela com um copo de água nas mãos.

- Obrigada Lucinda.

Agradeci pegando o copo de suas mãos. Ela fez uma reverência e voltou para a cozinha. 

- Duda.

Me ajoelhei ao seu lado e afaguel o seu cabelo ruivo que já estava despenteado.

- Prima - Chamei novamente com a voz amorosa.

- Há Carol. O que a de errado comigo,o que?

Seus olhos estavam inchados e vermelhos. Seu nariz escorrendo.

- Diga-me Carol. Eu sou feia? Sou gorda? 

Duda não era nenhum pouco feia. Seu cabelo ruivo levemente ondulado quando solto chegava a altura da cintura,seus olhos eram verdes,seus lábios Rosados. Sua cintura não tão fina mas ainda assim esguia. Ela era linda. Sua beleza se destacava,beleza essa que herdou de sua mãe. 

- Você é linda Duda,não há nada de errado com você.

- Então porque?

- Porque aquele homem é um patife,sem caráter nenhum.

- Nunca fui tão humilhada e ignorada em toda minha miserável vida.

- Não diga isso Duda.

-Mas é a verdade. Que alegria eu tenho em minha vida?

Duda continuava a chorar copiosamente. Eu me sentia arrasada.

-  Venha levante-se. 

Segurei no braço dela pondo a de pé.

- Vou voltar para casa de vovó. Logo você se casará e se mudara para a propriedade no conde - Disse enxugando o rosto com seu lenço. - E aliás - continuou- onde está ele? 

- Não desejo falar sobre isso.

- Agora quero saber. Por favor me distraia.

Contei a ela o que havia acontecido.

- Carol,converse com ele. Não deixe que nada estrague sua felicidade. Faça isso por mim.

- Me irrita a cordialidade dele com qualquer um.

Cruzei os braços.

- Compreendo,mas ele a ama,já demonstrou isso. Como eu queria um homem que me amasse,e você tem.

Duda estava triste,e por isso gostaria que eu fosse feliz por ela,mas em nenhum momento senti inveja por parte dela,somente o desejo de que eu fosse feliz. 

-Não desista de ser feliz Duda,eu a proíbo de tal coisa.

-Não irei desistir,mas procurarei minha felicidade em Deus,serei uma mulher religiosa e temente a Ele.

Senti vontade de rir,mas não poderia naquele momento.

- Duda?

-Freira. Me tornarei freira.

Ela estava evidentemente decidida.

- Você algum dia irá se arrepender.

Eu queria fazê-la mudar de ideia,ela nunca demonstrou interesse por religião.

- Está decidido prima. Não voltarei atrás.

- Pense melhor...

- Não há mais o que pensar.

Conquistada pelo condeOnde histórias criam vida. Descubra agora