Capítulo 1

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🎼Boa leitura!🎻

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Uma melodia suave invadiu meus ouvidos, me forçando a despertar antes do que eu desejava. Não era a primeira vez que escutava aquilo e nem sabia de onde ela estava vindo, mas me deixava cada vez mais irritado.

Chutei as cobertas para longe do meu corpo e sentei-me na beirada da cama, esticando meu braço para alcançar o celular caído no chão. Para variar, já passava do meio dia.  Li rapidamente as mensagens enviadas pela manhã, procurando pelos próximos compromissos do dia.  Entre as notificações, estavam cinco chamadas perdidas do meu chefe. Algo muito sério deveria ter acontecido. Mas não iria ligar agora, precisava de um banho e um café bem forte para curar essa maldita ressaca.

Levantei e fui até o banheiro, me olhando no espelho atrás da pia, observando as olheiras que me acompanhavam com certa frequência. Algum dia eu ia ter que mudar de estilo de vida, diminuir a bebedeira, dormir mais cedo e, quem sabe, fazer algum exercício físico. Por enquanto, meus 24 anos de idade permitiam que meu corpo aguentasse esse ritmo, mas é mais do que claro que uma hora isso teria que mudar.

Tremi dos pés a cabeça quando a água fria do chuveiro passou pelo meu corpo quente da cama. Senti o sangue começar a correr de novo pelas veias e o resquício de álcool indo pelo ralo. Saí do banho e ouvi aquela música irritante novamente. Enrolei a toalha na cintura e fui até a pequena sacada que havia no apartamento. O espaço ali era minúsculo, o suficiente apenas para colocar o corpo para fora e sentir o sol que batia de frente naquele horário.

Olhei ao redor, procurando de onde vinha aquele som, mas ele já havia parado. Um silêncio estranho tomando o lugar dele. A rua, lá em baixo, estava menos movimentada que o normal para uma quarta-feira. Poucos carros passavam por ali e nenhuma pessoa andava pela calçada.

Quando voltei para dentro do apartamento, meu celular vibrava freneticamente em cima da mesa. Corri para atender quando identifiquei que era meu chefe ligando novamente.

— Senhor, Lee?

— Boa tarde, Park. — Respondeu de mau humor. — Achei que tivesse morrido. Estou desde às 8h da manhã te ligando.

— Perdão, senhor. Eu perdi a hora.

— Bom, acredito que você esteja acompanhando as notícias.

— Notícias? — Fiquei confuso. — Ah, claro. Estou sim. O que tem elas, senhor? — Perguntei sem ter a menor noção sobre o que ele estava falando.

— Aish, Park Jimin! — Soou como um pai dando bronca no filho. — O Presidente, Park! Decretou quarentena para todo o país!

— Quarentena?

— Ligue a televisão.

Peguei o controle do aparelho e apertei o botão. Imediatamente a imagem do Presidente da Coréia do Sul apareceu. Era a reprise de seu pronunciamento feito horas antes, pedindo para que as pessoas ficassem em casa. O comércio fecharia as portas e locais de aglomeração de pessoas, como bares, restaurantes e casas noturnas, também.

— Aigoo... — Resmunguei para mim mesmo. — Não sabia que estávamos nessa situação, senhor. — Voltei a conversa com o meu chefe.

— Pois a coisa é séria mesmo. Aqui na agência já temos alguns casos suspeitos e um funcionário testou positivo para o vírus. Liguei para você para dizer que todos os compromissos foram cancelados até segunda ordem. Reuniões, projetos, campanhas serão todos realizados on-line.

QU4RENTENA || JIKOOK || Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora