3° Capítulo

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Lua Fuller:
Sábado, de manhã;

Hoje o dia está lindo! Me levanto e a primeira coisa que faço é abrir minha janela, para ver os primeiros raios de sol visitarem meu quarto.

Me arrumo e desço para tomar meu café da manhã, ainda está cedo para me preocupar em não chegar atrasada na escola.

- Bom dia mãezinha! Dormiu bem?

- Bom dia meu doce, dormi sim! Espero que você também tenha dormido - Minha mãe termina de arrumar seu lanche e me dá um beijo - Já vou, filha, boa aula, e não demore para chegar em casa! - Dou-lhe um abraço.

Tomo meu café da manhã calmamente. Arrumo as coisas de Dora, minha cachorrinha, em que muito me alegra, nas tardes ensolaradas, nas quais minha mãe não tira folga.

Saio de casa e vou rumo a escola, como moro na penúltima rua do meu bairro, o bairro vizinho não fica tão longe, então aproveito para passar no parque em que fica no trajeto da escola.

Sempre passo por detrás da ponte do lago, pois sempre à sua frente, fica um senhor sentado no banco de madeira ao lado de uma grande e velha árvore.

Tentei algumas vezes ver seu rosto, mas, o capuz da sua blusa de frio, atrapalha a visão, sua silhueta não parece nada com um senhor de mais de 20 e poucos anos.

Após ver algumas flores e lindos patinhos brancos nadando no lago, finalmente fico a menos de 2 quadras para chegar em minha escola.

- Bom dia garotas!

- Bom dia! - Rita e Lelê respondem desanimadas.

- O que as desanimam?

- Ainda está muito cedo, quero estar deitada - Rita fala bocejando.

- E ainda tem revisão da professora mais chata da escola - Letícia faz uma cara de tédio.

- Meninas? Ânimo! O dia está tão belo, logo a tarde chega para a gente curtir. E Lelê, mesmo que a professora não seja uma flor que se possa cheirar, o aprendizado é ótimo!

- Lua, como você consegue ver um lado bom para tudo? - Lelê bufa.

- Apenas olhem a vida de outro ângulo, sempre há uma coisa boa em tudo - O sino sooa conforme término minha frase. Entramos para a primeira aula.

(...)

A tarde foi ótima, fiz meus deveres e depois li um livro no jardim, junto a Dora.

Agora a noite não tem nada para fazer e ainda falta algum tempo para ir para a cama. Resolvo entrar no fórum online e fazer o que estou fazendo a algumas noites.

“Os dias são monótonos. Vê a água do lago balançar para lá e para cá, não é mais uma opção. As flores do meu jardim morrem a cada dia. Talvez sejam os dias quentes ou as noites frias, ou apenas a minha tristeza que contamina todo o lugar em que me encontro. A diferença desses dias é que as estrelas não aparecem mais no céu e nem as madrugadas, são tão legais quanto eram.”

-Senhor Cinzento

Lembrei-me do garoto, que estou tentando ajudar. Olho em minhas mensagens particulares, e tudo parece indicar, que ele não irá me responder. Decido mandar mais uma mensagem, mas o medo me percorre um pouco.

Fuller-
Olá, Senhor Cinzento… Espero não estar sendo inconveniente, apenas passo para saber como o senhor vai. Espero que esteja tudo bem!

Após isso, dou umas olhadas em outros murais, e respondo alguns em meu particular. Mas minhas pálpebras pesam, desligo o computador e resolvo dormir para o dia seguinte, já que será o dia de passear com Dora.

(..)

Sábado, de manhã;

São oito e pouco da manhã, me arrumo com uma roupa de caminhada e arrumo as coisas de Dora para o passeio.

A manhã será longa e a alegria de Dora é uma motivação para ir passear no bairro vizinho.

Meus passos são curtos e rápidos, minha caminhada é sempre calma. Enquanto Dora está mais à frente de mim, cheirando tudo para reconhecer o território.

Após um tempinho, chegamos ao parque em que gosto de passar. Ele está vazio, o que faz o ar ficar mais leve.

Em frente ao lago em que tanto já observei de longe, me sento no banco ao lado da grande árvore.

A sensação de tomar ar fresco é ótima. Mas ao imaginar aquele homem sentado no mesmo lugar em que estou, não sai da minha mente.

De modo súbito, um gatinho de pelagem negra pula em meu colo e esfrega a cabeça nos meus braços, em um pedido silencioso para fazer-lhe carinho.

Dora late com o gato em meus braços e por outro lado um homem de capuz preto vem em minha direção. O homem chega perto e posso sentir algo estranho.

"Esses olhos, o capuz, o homem do lago!?"

Ele pega bruscamente o gato dos meus braços, e vai embora. Vejo quando ele me olha de soslaio.

Sua presença não é estranha e seu jeito grosseiro me lembra de algo que não me vem à mente.

Termino o passeio com Dora e voltamos para casa, nos refrescamos, pois o dia está quente.

Tento aproveitar ao máximo minha tarde. Pois, de noite quero visitar mais murais no fórum online.

°°°

“Às vezes é necessário olhar a vida de outro ângulo. Pois, olhar apenas reto, é a mesma coisa de não estar vendo nada.”

–Samara Caroline

  

|Impressionante, como o destino promovel algus encontros inusitados, e ainda fica aquela dúvida no ar; Quem é ele? Sei que o conheço (a)! Estou ansiosa para o próximo encontro deles... Aguardem coisas inesperadas queridos leitores!|

Senhor Caos [EM PAUSA]Onde histórias criam vida. Descubra agora