Tudo o que nós temos é o agora

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Algumas pessoas me peUdiram então estou trazendo essa história para cá, mas caso tenha, pode acompanha-lá pelo Spirit também. Não é uma história de romance, já alerto, a intenção dessa história é que você possa levar alguma das mensagens dela para a sua vida.
Então boa leitura e aproveitem ❤️❤️
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Novamente a sensação de tudo estar girando invade minha cabeça, a dor nos olhos parece finalmente desistir de me atormentar. Quando pareço poder usufruir da paz algo no meu braço direito causa um desconforto repetidas vezes.

- Senhorita Evans.

No susto abro meus olhos sentindo a dor na região voltar, meu braço esbarra nos meus inúmeros pertences pela mesa, derrubando alguns, e quando percebo a atenção de toda a sala está voltada para mim.

Inclino minha cabeça para frente na tentativa de me redimir, mas já é tarde de mais. Mesmo eu estando sentada a uma altura e distância relevante a voz do Prof. Meester continua grave, impedindo que alguém possa não ouvir ele.

Alguns olhares de raiva se direcionam para mim. Não posso julgar ninguém, Teoria da Arquitetura não é uma matéria feita para agradar alguém, muito menos quando novamente o seu professor começa um discurso de como a atual geração deixa muito a desejar. E isso se torna pior ainda quando os olhares dele são destinados a você.

- Acho que você deixou cair isso.

A voz baixa, porém, com um tom brincalhão, faz eu olhar para o meu lado, seguro minha agenda, que é estendida provavelmente pela mesma pessoa que tentava me acordar a segundos atrás.

Agradeço no mesmo tom fraco sem olhar olhar para a tal pessoa, ao invés disso olho diretamente para o meu copo com café, o qual é direcionado a minha boca assim que o pego.

Apenas mais algumas horas, mais algumas horas e poderei deitar na minha cama. Você aguenta Hanna. Embora toda noite a realidade seja muito diferente, prefiro acreditar que ao final do dia finalmente poderei descansar de verdade

- Eu já falei demais. Como vão as coisas aí?

- Você sempre pergunta isso como se a fada madrinha tivesse aparecido no meu quarto ontem a meia noite - brinco com o entusiasmo da pergunta.

- Não me diga que sua vida continua o mesmo tédio de sempre. Não quero sentir pena da minha.... - ouço alguém chama-la. - Querida eu preciso ir, acredito que não esteja com muito tempo também.

- Tudo bem, diga para o pai que estou com saudades.

- Também estamos filha. Se cuide e não se sobrecarregue. Te amo muito.

- Também te amo mãe.

Desligo a chamada e solto o celular sobre a mochila. Observar os estudante que também fogem do refeitório cheio durante o almoço, espalhados pelo gramado, faz eu me sentir menos estranha. Não que eu seja a única pessoa que passa noites em claro ao lado de pilhas de livros, mas as vezes sinto que deveria aproveitar dias ensolarados como o de hoje e entrar em alguma roda de conversa e rir junto com os outros. Saber que pelo menos estou no mesmo lugar que pessoas "normais" me tranquiliza um pouco.

Não sou algum tipo de anti-social ou tenha vergonha de falar com estranhos. Uma boa conversa com a pessoa certa junto de um vinho é uns dos meus passatempos prediletos. Mas o sucesso exige alguns sacrifícios.

Ajeito meus materiais espalhados em uma pilha, e com dificuldade de equilibrar a pilha e me levantar, sigo ruma a minha próxima aula.

Ajeito meus materiais espalhados em uma pilha, e com dificuldade de equilibrar a pilha e me levantar, sigo ruma a minha próxima aula

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As sete cores do arco-írisOnde histórias criam vida. Descubra agora