Capítulo 21: Dojô, Redenção e Armadilha

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–Tem certeza disso, Trini? –Perguntou Billy sem entender por que estava sendo arrastado pela amiga para aquele lugar.

–Bem, não custa nada tentar.

Desde o ataque ao castelo da lua Trini estava pensativa e com medo do próprio jeito de agir. Ela havia ficado excitada com o perigo, chegara à gozar apanhando do Goldar. Tinha sido algo bizarro, mas desde então vinha sentindo uma sede absurda por adrenalina, uma parte sua queria correr perigo novamente! Na noite anterior sonhara atacando sozinha a Rita, tinha sido uma luta incrível, mas no final a ranger amarela acabava morrendo.

Trini acordara com a cama molhada e pensou ter mijado nela, mas logo percebeu que tinha era gozado. Talvez estivesse com energia de mais ou tinha desenvolvido algum tipo de fetiche onde quase morrer a excitava muito. Procurando por uma forma de gastar sua energia sem precisar usar a moeda do poder, Trini encontrara aquele lugar, um dojô.

–Talvez aqui eu possa encontrar o meu caminho.

–Ok, mas por que me arrastou também?

–Achei que você precisava fazer mais coisas do que estudar e transar com seu namorado quase todo dia –Trini conseguiu fazer o Billy ficar vermelho, depois o abraçou e entraram no dojô.

Aquele era um lugar estranhamente pacifico, eles esperavam sentir uma atmosfera mais enérgica já que as pessoas iam ali para treinar artes marciais. Trini já lutava muito bem, mas estava atrás de extravasar sua energia e não aperfeiçoar suas técnicas.

–Vocês dois por aqui? –Perguntou uma voz conhecida atrás deles.

–Rocky? –Eles não sabiam muito sobre o Rocky, o tinham conhecido há pouco tempo através do Adam.

–E aí, pessoal? –Rocky os abraçou e puxou o pescoço do Billy para cochichar em sua orelha –Pensei que nesse horário você e o Adam estivessem amolando suas espadas.

–Para de safadeza, Rocky! –Billy o empurrou, mas acabou deixando escapar uma risadinha –Nós viemos treinar nesse dojô. E o que você faz aqui?

–Dãm, eu moro aqui. Esse dojô é da minha família.

–Pensei que dojôs fossem de costumes asiáticos –Comentou Trini.

–Toda regra tem sua exceção –Disse uma quarta voz. Era um homem de quarenta e poucos anos, loiro e vestia um quimono –Bem vindos ao Dojô Feras Ninjas.

–Pessoal, esse é o meu pai. Foi ele quem treinou a mim, ao Adam e a Aisha.

–Três dos meus melhores aprendizes. Eu sou Pedro.

–Pai, esses são Billy e...

–Eu posso falar por mim mesma –Trini interrompeu Rocky o empurrando pro lado –Me chamo Trini e quero desafiar seus alunos!

–O quê?

–Eu já sei lutar, mas quero muito enfrentar oponentes fortes! Poderíamos participar da sua aula? –Trini pediu puxando o Billy para o seu lado.

–Sim, claro –Pedro achou a energia de Trini peculiar.

Todos foram para a sala de treinamento. Pedro disse algumas palavras de encorajamento para seus vinte alunos presentes.

–Normalmente começamos fazendo uma meditação, mas temos dois convidados que gostariam de nos desafiar para um combate.

–Eu não disse que... –Billy tentou rapidamente se explicar.

–Isso mesmo! Vamos nessa! –Trini exclamou empolgada fazendo os alunos arquearem as sobrancelhas –Quem quer ser o primeiro?

Um garoto que ainda era iniciante foi empurrado pelos amigos. Trini o encarou, ambos ficaram parados esperando o outro se mover. "Chato! Não quero ficar parada!". Trini avançou atacando, mesmo iniciante o aluno sabia usar a própria força de seu oponente para derruba-lo e assim o fez jogando Trini no chão. O Sorrisinho no rosto dele durou menos de um segundo, pois a garota já caiu dando uma rasteira o derrubando. Trini saltou em cima dele, o segurou pelo quimono e girou o arremessando sobre os outros alunos que ficaram irritados.

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