❂ CAPÍTULO 2: ❂

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— Vossa majestade, finalmente a encontrei! Estávamos correndo que nem loucas a sua procura

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— Vossa majestade, finalmente a encontrei! Estávamos correndo que nem loucas a sua procura.
— Cora, o que entregou o meu esconderijo a final? — indagou a loira enquanto cruzava os braços e franzia o cenho.
— O seu erro, majestade, foi alojar-se na biblioteca, todas sabemos que este é o seu local favorito.
— Na próxima vez juro que escolherei um local melhor.
— Vossa alteza, você sabe que independentemente de onde se esconder iremos atrás! — respondeu a senhora de forma risonha.

Bufando mais uma vez, Anya virou-se sem ao menos guardar o livro que jazia estendido em uma das amplas mesas de cedro e sem escolhas, partiu com a idosa até o corredor, onde o pequeno grupo de mulheres conversavam animadamente sobre a noite de hoje, calando-se prontamente ao notar a presença da mais jovem monarca. Com sorrisos genuínos, todas as trabalhadoras acompanharam a pequena dama ao seu quarto para que finalmente fossem começadas as devidas providências.

O seu quarto era bastante espaçoso. Nele, contia a sua cama com um lindo dossel o qual descia desde o teto ao chão da estrutura acolchoada. Aos seus lados, haviam dois criados mudos brancos com algumas plantas marinhas em um pequeno vaso transparente. No outro extremo, haviam três armários brancos embutidos que com os seus trinques trabalhados chamavam a atenção pelo brilho que transmitiam e para finalizar, ao lado da enorme cama havia um tapete felpudo branco gelo que dava um ar mais acolhedor e fofo ao ambiente que com a luz solar tornava- se ainda mais alegre.

Assim que todas as mulheres acomodaram-se na grande peça, rodearam a jovem para que pudessem começar a trabalhar nos preparativos para a noite. Delicadamente, pentearam os seus lindos cabelos em uma trança espinha de peixe que em seu fim, enrolava-se em um coque baixo. A maquiagem, era apenas um toque de cor nas bochechas e um pigmento avermelhado para os lábios e como vestimenta, fora escolhido um vestido bufante de uma cor azul-celeste, com adornos no espartilho tais quais pequenos topes brancos amarrados firmemente e algumas pedras pequenas no intervalo entre as fitas tendo como atração principal da peça de roupa, babados medianos nas mangas e na barra do vestido que davam um ar mais ousado, mas ao mesmo tempo, angelical a tão bela sereia.

Terminadas as arrumações por incrível que pareça, ao olhar pela janela, percebeu que o dia já havia passado e com ele, o crepúsculo em tons quentes, como o alaranjado erguia-se dando os sinais iniciais da chegada da noite. Sem ter para onde correr, fora conduzida do seu quarto onde estava se arrumando à sala de jantares da família real. A sala como todos os outros cômodos possuía um tamanho mais do que considerável. Seguindo os padrões sofisticados e elegantes do resto do castelo, tal local possui as paredes em um tom de branco perolado com alguns padrões retangulares em dourado.

A enorme mesa de madeira reluzia em uma luminosidade sépia do grande lustre de cristais que caiam como gotas de chuva da armação acizentada. Como foco principal da mesa, jazia um candelabro de bronze que feito a mão, fora esculpido em um formato humanoide o que dava um toque de originalidade a cena devidamente organizada. Os talheres, estavam apropriadamente postos, as taças reluziam junto dos pratos e ao todo, via-se que tudo fora milimetricamente calculado para honrar a tão querida rainha. Como esperado, boa parte dos convidados já estavam corretamente acomodados em seus lugares, com destaque ao seu pai que encontrava-se à extremidade esquerda da descomunal mesa, com dois acentos vagos, o do lado direito, reservado a sua esposa e o lado esquerdo a sua única filha.

Stephan era um homem o qual possuía o seu charme mesmo após tantos anos, com seu jeito firme e a sua inteligência estratégica, fora um dos principais pilares para que a paz se perpetuasse até o momento em seu mundo.

— Anya, sente-se por favor, logo iremos dar início a comemoração e preciso que comporte-se da melhor forma possível — falou o monarca em um tom amistoso e tranquilo.

— Não se preocupe pai, estou aqui por você e pela mamãe — respondeu a sereia enquanto encarava os olhos oceânicos de seu pai, o qual aprovou suas palavras com um sorriso de lábios fechados.

Prontamente após esse pequeno diálogo entre pai e filha, a sala fora infestada pelo som da Clarinada da rainha onde percebia-se o som de trompetes dando a forma a música e ao fundo alguns instrumentos de percursão com o leve soar de alguns violinos e violas. E com essa música ao fundo, aproximou-se a graciosa soberana que com um vestido de uma cor Champagne, ficara ainda mais radiante, dando um lindo contraste com os seus cabelos escuros.

De modo quase imediato, o grande líder levantou-se caminhando lentamente até a sua mulher onde a recebeu com o seu braço para acompanhá-la até o seu assento. Assim, o jantar começou. Com a degustação dos partos, breves conversas estabeleciam-se entre os homens sobre questões políticas e entre as mulheres, assuntos relacionados a moda e aos filhos. No entanto, por mais que Anya tentasse disfarçar a expressão abatida, estava estampado em seu rosto o cansaço em estar ali, seja pelos constantes bocejos ou então pelo fato de estar encarando fixamente a parede a sua frente.

— Meu amor, você está se sentindo bem? — perguntou a mãe a sua filha ao perceber o modo distraído da mesma.

— Sim mãe, só estou um pouco indisposta, talvez seja a mudança da correnteza — desconversou a jovem para não preocupar a sua progenitora.

— Se desejar, você pode ir caminhar pelo jardim de esponjas para acalmar-se e caso a indisposição não passe, posso te fazer um chá de algas vermelhas — adicionou a mãe enquanto olhava com preocupação para a filha.

— Eu não queria ter que sair assim, mas suponho que preciso mesmo de um pouco de tranquilidade, logo estou de volta — sorriu com simpatia a mãe enquanto pedia licença as demais pessoas presentes na mesa, os quais da mesma forma que a mãe lhe perguntaram se estava tudo bem.

Meio culpada por causar tal preocupação em seus entes queridos nessa data tão única, olhou para todos novamente com um sorriso de que expressava o quanto estava mal em sair daquele jeito do local, porém, necessitava urgentemente sair dali se quisesse manter a sua lucidez mental. Os corredores permaneciam iluminados pela magia dos guardas do reino em forma de esferas fluorescentes nas extremidades das paredes, dando um ar aconchegante e um tanto romântico ao seu caminho até o jardim.

O Pátio, seguindo os padrões do restante do palacete, era gigantesco. Tratava-se de uma ampla variedade de esponjas coloridas com algumas algas e corais os quais causavam uma visão única como em toda essa terra aquática. Distraída, sentou-se em um pequeno banco de ferro com alguns detalhes feitos com corais para que olhando tal vista, pudesse colocar os pensamentos em ordem e distrair-se mais do que ouvindo sobre as novas tendências em Atlântida, uma das principais capitais de Atlantis. Os olhos safira analisavam com encanto tudo ao seu redor, entretanto, uma ocorrência incomum lhe chamou a atenção, tratava-se de algo que nunca vira antes, uma luz vinda do mundo de cima, o que era extremamente curioso visto que nunca soubera da existência de alguma fonte de luz a noite que não fosse a da magia vinda do castelo.

Curiosa, queria descobrir o que seria tal luminosidade e por isso, com cautela, nadou em direção à superfície. Aproximando-se da luz, percebeu que ela irradiava de uma estrutura de madeira flutuante, os tão famosos ceifadores como os moradores de Atlantis se referiam, mesmo sabendo que nada de bom poderia sair de um destes, a curiosidade foi maior e com ela, elevou ainda mais o seu nado até que finalmente a sua parte superior submergiu até a superfície.

 Aproximando-se da luz, percebeu que ela irradiava de uma estrutura de madeira flutuante, os tão famosos ceifadores como os moradores de Atlantis se referiam, mesmo sabendo que nada de bom poderia sair de um destes, a curiosidade foi maior e com e...

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