Capitulo 2

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O trajeto até o Palácio foi extremamente agradável.

O rei da Rússia era muito alegre e tinha o sorriso muito fácil. As gêmeas eram engraçadas. A rainha, sofisticada. Meu pai e meu tio conversavam com Frederick; minha mãe com Natasha; e Maine com as gêmeas. Logan, novamente dormiu no trajeto de limusine do aeroporto até o Palácio. E eu pude aproveitar a oportunidade para conversar com Irina. Todos pareciam contentes e satisfeitos, e até aquele momento não havia nada de estranho.

Em minha conversa com Irina descobri muito sobre ela. Ela era 5 anos mais velha que eu, mas realmente não aparentava isso. Me contou sobre seus hobbies com música e arte. Conversamos sobre a vida de primogenitura e contamos histórias engraçadas que já nos aconteceram. Ela era uma excelente ouvinte, e com certeza tinha muitas habilidades especiais. Nunca conheci ninguém como ela. E olha que já havia passado por vários países e conhecido muita gente.

— Olha, a cozinha russa não atraí muitos fãs. — Ela riu. Naquele momento estávamos falando sobre culinária. — Temos uma sopa chamada solyanka... e ela é péssima. Não gosto de comê-la. Em Orlean tem alguma comida estranha?

— Não. Tudo lá é uma delícia, Irina! — Fiz uma expressão de satisfação. — Doces, salgados... Tudo maravilhoso.

— Gostaria de provar suas comidas típicas! Talvez um dia possa visitar Orlean.

— Eu gostaria muito. Posso levá-la para fazer um passeio pelas províncias. — Olhei-a com compaixão. — Você não saí muito da Rússia, não é?

— Não. Foram poucas as vezes. Meu pai é muito rigoroso em relação minha segurança, por isso não saio muito nem do Palácio. Coisa de futura rainha, entende? — A letra r na fala dela era pronunciada de forma bem forte. — Um simples resfriado se torna algo sério no Palácio, pois tamanho é o medo de me perder. Chega ser engraçado.

— Eu entendo bem. E acha que está pronta ser rainha? — Perguntei.

Ela sorriu.

— Acredito que sim, Joshua. Estudei muito e aprendi com meu pai todas as táticas de administração do país. Modéstia à parte, meu pai é muito bom. Sem ajuda de ninguém ele e meu avô reergueram a Rússia. E me ensinaram tudo o que eu precisava aprender sobre como manter o país no topo. Já estou seguindo os passos deles.

A Rússia era realmente muito reservada. Pouco se sabia sobre as alianças que faziam e se estavam em aliança com algum país naquele momento. Os países que faziam, logo deixavam a aliança e não se manifestavam mais. Como o caso da Turquia. Ninguém de lá se manifestou ou deu explicações do porque desfizeram o pacto com a Rússia; mas nada disso parecia abalar o país. A nação continuava sendo uma das mais ricas e sua moeda era a de mais valor no mercado. Eles tinham petróleo, minerais e muitas coisas que davam lucros. Realmente, um país muito bem cuidado.

Não consegui aproveitar a vista de todo trajeto até o Palácio, e mal me dei conta de quando finalmente chegamos. Conversei com Irina durante o caminho (duas horas inteiras) e não vi o tempo passar. Foi realmente um tempo muito bom.

Quando descemos do carro no pátio do Palácio, meu queixo caiu. Que lugar esplêndido! Enquanto meus pais e meu tio se instalavam em seus respectivos quartos, as gêmeas nos levaram para conhecer o lugar. O jardim, a piscina, a limpeza do Palácio, os detalhes do teto ao chão, os tapetes de veludo, os corredores adornados com vasos caros (Irina me disse que os detalhes dourados era feitos com ouro) e flores frescas, as roupas dos criados, os sete andares, a cozinha, a biblioteca... Tudo naquele lugar era digno de um filme! Os criados eram educados até demais. Tudo era... extremamente luxuoso e bem organizado. Nem em sonhos imaginei visitar um lugar assim.

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