Brigas

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Alem de Ivan, sra: Jasi, tinha outras duas filhas Keroleen casada com um embaixador americano, com o qual morava nos EUA. Ela se comunicava com a mãe via vide-o conferencia ou nas ferias de fim de ano quando vinha trazer suas filhas, as pequenas Sofia e Ana clara para ficar com a avó. Meninas adoráveis.

Lembrei de um momento das pequenas aqui no condomínio.

Faltava um pouco mais de 20 minutos para as dez da noite num dia quente de véspera de natal na cidade. Ambas estavam no patio brincando com outras crianças.

Sempre havia muitas crianças no parquinho nos momentos de festa.

_ Moço, porque aqui no Brasil não tem neve? Ana Clara de cinco anos perguntou.

Eu dei um sorriso. Ela estava estranhando o clima tropical do Brasil.

_ Nosso país não tem neve criança. Tentei explicar.

_ Nunca tem neve? Perguntou Sofia de quatro anos impressionada com a descoberta.

_ Nunca! Pontuei sorrindo pra ela.

_ Que legal! Elas disseram juntas. Uma olhou para a outra apreciando a descoberta.

_ Em Chicago, Illinois. Neva muito. Disse Ana clara se lembrando da cidade onde mora.

_Sim da pra fazer anjinho de neve. A pequena Sofia se lembrou sorrindo.

_ Meninas vamos entrar, está na hora da ceia de natal! Gritou Keroleen mãe das duas curiosas, assim que saiu do elevador.
Ambas correram ao encontro da mãe prontas para subirem ao apartamento. Lindas meninas. Pensei!

Keroleen era o orgulho de Sra Jasi, pois se casou com quem ela queria e se mantinha mesmo que aparentemente feliz no casamento.

Já sua filha caçula Karyne de apenas 20 anos, formada em literatura, era o que muitos chamariam de ovelha negra da família.
Não obedecia a mãe em absolutamente nada E fazia exatamente o que quisesse. O motivo era simples.

Enquanto seus irmãos Ivan e Karoleen eram filhos gerados do primeiro casamento de sua mãe, com um antigo senador do estado, hoje já falecido.

Karyne era filha unica do segundo casamento de sra: Jasi com um magnata estrangeiro que fazia tudo o que ela pedisse. Por mais que Jasi tentasse colocar freios na menina bloqueando cartões de créditos, o pai de Karyne era liberal a permitindo fazer absolutamente tudo, dizia que era preciso viver a vida.

A tipica filha mimada pelo papai.
Houve uma cena certa vez das duas em frente a guarita.

Karyne não concordava com a forma como Jasi tratava Ivan por causa de sua esposa Tai. Ela sempre gostou muito de sua cunhada, ao contrario do sentimento que sempre teve pela ex mulher do irmão.

_ Eu não vou ver você desfazer da Tai desse jeito dentro da casa dela mãe, pelo amor de Deus deixa ela em paz

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_ Eu não vou ver você desfazer da Tai desse jeito dentro da casa dela mãe, pelo amor de Deus deixa ela em paz. Dizia a jovem aos gritos andando apressada pelo salão do prédio a caminho do portão.

_ Não fale assim comigo. Eu sou sua mãe! sra: Jasi vinha logo atrás também bastante alterada.

_ Eu não consigo respeitar uma mulher que não se da ao respeito. Foi a resposta desafora que sra: Jasi recebeu da filha já na frente do portão principal.

O som do tapa ecoou pelo salão do prédio. Eu que até então estava na guarita, corri para fora da mesma na intenção de separar a briga.

Karyne tinha uma mão no rosto em profundo silencio enquanto encarava o chão.

_Nunca mais você põe as mãos em mim. A partir de hoje eu estou por minha conta. Disse antes de dar as costas a mãe saindo do prédio.

Eu me lembro que sra: Jasi ficou extremamente abalada com a briga.
Eu tive que servir um copo de água com açúcar a mulher para a mesma se acalmar. Porem eu nunca presenciei ambas andando juntas de novo. Possivelmente Karyne cumpriu o que tinha falado a mãe.

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