I Just Want You To Know Who I Am • JOALINA

Capítulo 4

TW do capítulo: bullying, homofobia, homofobia internalizada, trauma religioso e agressão

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Como se Joalin não tivesse sido atormentada o suficiente nas últimas duas semanas desde que a escola começou, seu horário de aula havia mudado, então ela teve aula de ginástica antes do almoço. Por um lado, ela gostava que pudesse despertar o apetite e comer logo em seguida. Mas por outro lado, uma certa líder de torcida também tinha ginásio naquele período. Isso não só significava ser ridicularizada por não marcar um gol durante o futebol e ser propositalmente atingida no vôlei, mas também significava ter que dividir um vestiário com ela. E Sabina não tinha absolutamente nenhuma vergonha.

"Sério, eu acho que eles ficaram maiores", Sabina tateou seus próprios seios através de seu sutiã rosa rendado, "Eles parecem maiores para você?"

"Como você quiser, Sabina", Any revirou os olhos zombeteiramente, deslizando sua mini-saia xadrez até às pernas enquanto a capitã das líderes de torcida continuava a andar em volta com nada além do sutiã e da calcinha combinando.

"A inveja é uma doença, Any", Sabina lançou-lhe um beijo sarcástico antes de voltar a verificar-se no espelho preso ao interior da porta de seu armário. Ela estava de costas para Joalin, que estava tentando ao máximo não olhá-la.

A loira abotoou a blusa, os olhos incontrolavelmente saindo dos ombros fortes de Sabina e descendo pelas costas antes de aterrissar no quadril. Não era justo. A morena não tinha um único defeito físico. Seu corpo era uma fina ampulheta, curvando-se perfeitamente no meio antes de arredondar seus quadris. Rosa definitivamente era sua cor. Joalin admirou a maneira como a renda rosa pálida ficava contra sua pele macia branquinha, seus dedos começando a se contrair novamente.

Sabina estava retocando a maquiagem no espelho quando viu o olhar sutil de Joalin no reflexo, fazendo a loira baixar os olhos para sua tarefa de abotoar a blusa quando percebeu que havia sido pega. Ela esperou e rezou para que Sabina não a chamasse, mas como de costume, ela não conseguiu o que queria. E ela poderia dizer que ela estava a caminho quando ouviu a porta do armário de Sabina se fechar.

"Apreciando a vista, Loukamaa?" A morena se virou, um sorriso no rosto enquanto ela se aproximava lentamente. O batimento cardíaco de Joalin acelerou enquanto ela mantinha os olhos baixos, não querendo dar a atenção que Sabina queria. "Não seja tímida, eu gosto de uma audiência", a líder de torcida arrastou um dedo pelo braço de Joalin, suas unhas pretas contrastando duramente contra sua pele pálida, arrepios subindo rapidamente. Joalin tentou o seu melhor para ignorá-la, engolindo o nó na garganta enquanto se controlava, mas isso parecia só provocar mais Sabina. "Você pode tocá-los se quiser. Todo mundo quer", ela sorriu, empurrando o peito para ela quando Joalin a ignorou. "Vá em frente, toque-os. Você sabe que quer."

Joalin olhou para cima e ao redor. Ninguém estava realmente olhando para elas, mas ela não era idiota. Sabina estava apenas tentando mexer com ela novamente como ela sempre fazia. "Venha, ninguém está olhando", Sabina sussurrou, inclinando-se para mais perto dela, fazendo a visão de Joalin ficar confusa por um momento. Mas ela continuou tentando ao máximo ignorá-la. "Toque-os e eu te deixo em paz", ela sussurrou novamente, seu hálito de canela picante perto o suficiente para roçar a bochecha corada de Joalin. 

Sentindo sua força começar a diminuir, Joalin olhou para ela, os olhos se movendo para cima e para baixo entre os olhos de Sabina e seus seios. Deus, ela queria tocá-los... e talvez ela fosse burra o suficiente para acreditar que Sabina iria realmente deixá-la em paz, se ela fizesse o que ela pedia. Havia apenas uma maneira de descobrir. 

Certificando-se de que ninguém estava olhando, ela levantou a mão trêmula e apenas escovou as pontas de seus dedos contra a pele macia do peito de Sabina. Foi breve, e era tudo o que ela queria, mas antes que pudesse sequer pestanejar, Sabina agarrou os dois pulsos e forçou as mãos com mais força no peito, soltando um falso grito de surpresa antes de afastá-la.