I Just Want You To Know Who I Am • JOALINA

Capítulo 15

Tentar não sorrir tanto em torno dos pais era uma das tarefas mais difíceis que Joalin já assumira. Se ela sorrisse demais, eles ficariam desconfiados. Não era normal ela sorrir tantas vezes. Especialmente na igreja. Ela era normalmente tão estóica, alegando que estava apenas focada, quando na verdade, ela estava entediada. Ouvir seu pai pregar era algo que ela vinha fazendo todos os domingos desde que ela usava fraldas. Até aqui atualmente de joelhos, usando um aspirador de poeira para sugar a sujeira e migalhas dos cantos da grande capela. Ela estava nisso desde o meio-dia quando o culto terminou. Quatro horas depois, o pai ainda encontrava pequenas imperfeições ao redor da sala para ela limpar.

"Quando você terminar de tirar o pó, você pode se ajoelhar no altar e implorar perdão até que sua mãe e eu terminemos com essa reunião", José permaneceu sobre ela, sua voz firme enquanto ele falava.

"Sim, papai" resmungou Joalin, assentindo enquanto passava o pequeno aspirador no canto da parede de madeira entalhada. Ela ouviu os passos dele desaparecerem antes que o som de portas batendo ecoasse pela grande sala vazia. Finalmente, ela estava sozinha. Ela não teve que morder o sorriso por mais tempo. Ela não precisava mais tentar afastar a lembrança da noite anterior.

Ela tinha uma namorada. Sabina era sua namorada. Depois de anos de falta e confusão, de alguma forma aconteceu. Ela não tinha certeza de como ou por que deixou acontecer. Ela não deveria gostar de Sabina. Por vários motivos. Para começar, ela era uma menina. Ela nem queria saber o que todos pensariam se descobrissem que ela gostava de garotas. Todos já achavam que ela era uma aberração o suficiente. Em segundo lugar, seus pais desprezavam Sabina e toda a sua família, embora ela não soubesse o motivo. Por volta da nona série, ela aprendeu a parar de perguntar quando seu pai a jogou no chão e lhe disse para parar de ser tão intrometida. E por fim, Sabina lhe fez no inferno desde o fundamental. Como ela poderia ter continuado a ter uma queda por uma valentona depois de todo esse tempo? Isso foi o que mais a confundiu.

Terminando com o aspirador de pó, ela colocou no armário de vassouras na parte de trás da capela antes de fazer como seu pai ordenou, ajoelhando-se no altar. Mas ela não estava implorando por perdão. Se ela fosse implorar por alguma coisa, eram respostas. Ela queria saber por que ela era do jeito que ela era. Ela era fraca por se apaixonar por Sabina? Por que ela continuou a ter sentimentos por ela depois de todos esses anos?

Ela se viu realmente rezando por respostas enquanto se ajoelhava nos degraus acarpetados, mas tudo o que conseguiu foi a imagem do sorriso caloroso de Sabina e o som de sua risada contagiante se repetindo em sua cabeça. Suas bochechas já estavam começando a doer de sorrir. Se ela não deveria gostar de Sabina, como é que apenas o pensamento dela a fazia sorrir tanto? Por que ela sentiu borboletas em seu estômago quando seu nome apareceu em sua cabeça? A noite passada foi perfeita. Se estivesse realmente errado, não teria se sentido tão bem.

"Joalin", a voz de sua mãe a separou de seus pensamentos, junto com o som de seus saltos batendo levemente contra o corredor atapetado.

"Sim, mamãe?"

"Venha para o escritório do seu pai, há alguém que gostaríamos que você conhecesse", sua voz era severa como na maior parte do tempo ultimamente. Joalin nem se lembrava da última vez em que a voz de sua mãe fora suave e maternal.

"Sim, mamãe", ela murmurou, levantando-se e alisando seu vestido de linho antes de seguir sua mãe até o altar e pelo corredor até o escritório de seu pai. Ela estava confusa e, claramente, um pouco nervosa.

"Aqui está ela!" José gritou alegremente ao entrar no escritório com a mãe, que agora sorria. O que estava acontecendo? "Joalin, querida, gostaríamos que conhecesse o Sr. e a Sra. Perez, eles vão se associar conosco e ajudar com as finanças quando sua avó assinar o negócio de xarope de bordo do Vovô Loukamaa."