Laço de sangue

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Antes de lerem apertem a estrelinha e me digam o que estão achando, amo vocês...
E se não for pedir muito dêem uma olhada na minha outra história "Time is against us"
Juro pra vocês que é bem legal, e está finalizada...
Beijinhos e bom madrugada.

Elise continuava desacordada.

Kovu se moveu pelo armazém vendo se tinha mais alguma surpresa pelo caminho, ele evitou olhar para o corpo nu da garota que momentos antes tinha sido um lobo, ele a conhecia tinha lutado ao lado dela, contra sua vontade mas ela era só uma criança.

O de olhos verdes não podia entender como ele agiu tão rápido, ele não teve tempo pra pensar quando ele viu o lobo pular mirando na garganta exposta de Elise ele não viu nada, antes que seu corpo estivesse se chocando contra o do lobo, o minuto que ele tinha conseguido para ela ajudará de alguma forma.

O vampiro revirou os olhos ele teria que limpar essa bagunça sozinho, a ferida no rosto latejando e incomodando como inferno, podia não ser um corte grande ou fundo mas foi feito por um lobo, não iria se curar tão cedo.

Ele podia ver a cena se fechasse os olhos, os olhos raivosos e sem piedade da alfa enquanto cortava o pescoço do outro lobo sem nem pestanejar, aquele olhar ele já tinha visto em rainhas guerreiras, ele tinha visto em líderes que dariam sua vida por aqueles com quem se importavam, ela tinha conquistado o respeito dele, por não ter tido um pingo de dó.

Kovu ainda estava resmungando quando saiu do armazém indo até a loja mais próxima e comprando algumas garrafas de álcool uma caixa de fósforos e uma garrafa térmica, ele agradeceu rapidamente o vendedor, ele era um vampiro mas tinha modos.

Ao voltar para o armazém a primeira coisa que o vampiro fez foi colocar o sangue com um cheiro desagradável rápido e cuidadosamente na garrafa.

Ele foi até Elise se abaixando colocando dois dedos em sua garganta procurando a veia pulsante.

Ali, estava um pouco mais lenta que o de um ser humano normal mas ela ficaria bem.

O que ele tinha que fazer agora era queimar os corpos, ninguém do mundo humano viria procurar esses dois, o que já ótimo, assim ele não teria que cortar fora as digitais nem arrancar os dentes, era nojento de qualquer forma.

Sua mente corria a mil, ela lhe prometeu proteção, e ele faria o mesmo por ela, fazia anos que não seguia alguém por querer e sim por necessidade, um vampiro solitário não é útil e é bem mais fácil ser morto assim, ela poderia não ser uma rainha mas se portava como uma e ele a seguiria enquanto ela deixasse, Kovu tentaria aprender com ela, sem dúvidas Elise era muito mais jovem que ele, alguns séculos de experiência separavam os dois, mas a forma como ela lutou aqui, como os sussurros sobre ela disseram ela já fez muitas coisas pela família, ela matou uma das bruxas mais poderosas de todas Felicity colocava medo em todos, até Elise chegar, e mesmo que por motivos egoístas ela tinha libertado aqueles com quem ninguém se importava.

Ele suspirou enquanto despejava o álcool em cima dos corpos, ambos tão lindos e idiotas.

As pessoas fazem coisas tão idiotas pelo desespero, Liam queria a garota mas ameaçava destruir tudo que ela amava, esse cara não tem ideia de como conquistar uma mulher.

E Miria ela tinha sido morta por querer levar ele de volta, mas ele não voltaria mais, não...
Nunca mais, não depois das dez chicotadas que recebeu e aceitou com medo da solidão.

Mas a solidão seria melhor que aceitar aquele tratamento.

O moreno começou cantarolar baixinho para esvaziar sua mente do que o esperava, ou melhor quem.

Cameron Damon Black a família Black, vai ser ótimo rever algumas pessoas do seu passado.

Ele dúvida muito que qualquer um deles se lembre dele, e será melhor dessa forma.

Kovu já fez coisas horríveis, enquanto estava fora do controle e já destruiu cidades só por ter acordado com o pé errado.

Mas ele teria a eternidade para se arrepender dos seus erros.

Ele riscou o fósforo jogando primeiro no Liam, ele merecia queimar no inferno, como o próprio Kovu, mas esse último não morreria tão cedo.

Depois em Miria ela era uma boa garota, mas não tem espaço para lamentações, não quando é a sua sobrevivência em jogo.

Quando os dois corpos eram apenas cinzas e o cheiro pútrido estava no ar ele tirou o casaco colocando em baixo da cabeça de cabelos escuros e ondulados da alfa se sentando ao lado dela, ele não iria a lugar nenhum, ela salvou ele de certa forma, era sua hora de retribuir.

Uma dívida de sangue ela poderia ter acabado com ele naquele bar se é que aquele lugar merecia ser chamado dês forma.

Ele olhou para o rosto sereno da mulher que ele vira matar sem pensar duas vezes, seus traços lembravam uma pessoa a muito esquecida em sua vida e memória.

Foi uma noite produtiva, o cheiro de sangue conseguiu se destacar no meio de todo aquele cheiro ruim, não o sangue dele.

O jovem se virou vendo o corte fundo no braço de Elise, e o corte em sua bochecha, idêntico ao seu próprio machucado, graças ao escudo que ela colocará ao redor dele, cada golpe que ele recebia, o impacto ia direto pra ela, ele não sentia nada.

Ela era poderosa, com o treinamento certo nem o céu nem o inferno poderiam pará-la.

Ele se permitiu pensar na época que tudo era normal na vida dele, guando ele era apenas um general que ansiava em protegem seu país, ele tinha vergonha do que se tornou, mas o destino fez isso com ele.

Ele só queria ter morrido com honra, protegendo seu povo, suas mãos limpas de sangue inocente.
Agora era tarde de mais para se lamentar.

Sem ter mais nada para fazer ele se aproximou mais da mulher adormecida ficando alerta a qualquer barulho, ele a protegeria, se dessa forma ele pudesse recuperar um por cento do homem que ele fora um dia.

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Elise acordou com a cabeça doendo, e o mundo girando, sua boca seca, todo seu corpo esgotado, será que ela tinha caído atropelada enquanto dormia?

Não seria tão ridículo assim, não se levar em consideração as dores que ela estava sentindo no momento.

Assim que ela tentou se levantar uma mão morena estava ao seu lado, segurando seus ombros com cuidado, Kovu, ele tinha o cenho franzido em preucupação, os lábios em uma linha firme.

O cheiro no ar era horrível, como se...

Elise cortou seu pensamento ao notar que nenhum dos corpos estava lá, muito menos o sangue que ela precisaria.
O sangue de um virgem.

_ Onde está o sangue, o sangue dele? - Perguntou se levantando rápido de mais só para sentir o mundo girar a sua volta e aceitar a mão gelada para se equilibrar. - Me diz que não bebeu? - Pediu.

_ Eu guardei numa garrafa térmica, calma - Mandou.

_ Eu estou calma - Elise disse com convicção, o mundo ainda não tinha ficado parado.

_ Você precisa se alimentar,

Aquele Bad Boy [Concluída✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora