A primavera estava a terminar e Mark se via perdido, aquela era época preferida do ano, odiava o inverno porquê suas mãos congelavam e mal poderia escrever com elas, era complicado.
Estava jogado no gramado enquanto observava as pétalas rosas caírem em cima de si, aquele aroma gostoso passando pelas suas narinas e aquela sensação de liberdade era o que mais amava, de acordo com suas opiniões, aquela era a melhor parte da primavera.
Observou Mingyu se sentar ao seu lado com uma maçã nas mãos, parecia estar feliz já que aquele sorriso nunca sairá de seu rosto, Mark achava que ele era feliz demais para um simples humano bobo que vivia naquele lugar singelo e calmo.
— O que tanto faz aí, jogado e sozinho? — O garoto perguntou curioso enquanto mordia a sua maçã calmamente, era um amante de maçãs e vivia se comparando com um shinigami por isso. Minhyung olhava aquele sorriso com um semblante curioso, por quê diabos ele sorria tanto daquele jeito? O que Mingyu tinha que ele não tinha? Toda aquela felicidade invejável, aquele sorriso enorme no rosto desde que se conheceram.
"por que ele sorri tanto..?"
Era a única coisa que Mark se perguntava toda vez que lhe encontrava pelos corredores do colégio.
— Mingyu, por quê você é tão feliz?
[...]
Jisung suspirava e tentava se acalmar, a casa estava revirada e os objetos estavam espalhados pelo chão, como se a casa estivesse sido saqueada por ladrões. Jeno andava pelo lugar observando se tinha algo suspeito ali, Renjun e Chenle cuidavam do Park e Donghyuck estava na cozinha, cozinhando algo para poderem comer.
Se questionava sobre o que havia ocorrido ali, Jisung parecia ter escondido aquilo por uma semana inteira e provavelmente o assassinato não tinha acontecido ali, afinal, não tinha pistas e sequer alguma prova de quem os matou, tudo era uma incógnita na mente do Lee. Colocou os pratos na mesa de madeira — que era a única coisa que os assassinos não tinham quebrado — e os chamou em um grito, fazendo Chenle reclamar pelo barulho.
Todos se sentaram na mesa e o silêncio tomou conta, apenas se entreolhavam ou tomavam um pouco da sopa de legumes que Haechan tinha aprendido com sua mãe há uns três anos atrás, já que não sabia fazer nada para comer.
— Hyung, onde aprendeu a cozinhar tão bem? A sopa está ótima! — Exclamou Chenle, dando um sorriso enorme.
— Minha mãe me ensinou, eu tinha que saber fazer alguma de útil nessa vida né. — Todos sorriam alegremente, retirando aquele clima ruim de cena, sentiam saudades de quando eram pequenos e se juntavam para comer juntos, porém sabia que aqueles tempos nunca mais voltariam, principalmente pelas coisas que estavam a ocorrer nesses últimos tempos.
"Belos tempos perdidos, não é?"
[...]
"Oyasumi oyasumi
Close your eyes and you'll leave this dream"Susurrava enquanto caminhava pelas ruas escuras de Seul, finalmente aquele dia tinha chegado, a sua maior escolha. Seu lado vampiro havia se revelado depois de anos e anos preso naquela casa, precisava se vingar daqueles que o silenciaram há tanto tempo, sentia nojo desses meros humanos cientistas que abusavam da natureza e de animais, principalmente de novas espécies de humanos.
Adentrou a casa rapidamente e olhou nos olhos daquela mulher, estava tão assustada que sequer conseguiu sair do lugar onde estava. O garoto apenas deu um sorriso malicioso e avançou para cima da tal moça, sugando todo o seu sangue em menos de 13 segundos, a deixando largada naquele enorme sofá branco, que agora estava com uma enorme mancha de sangue, belíssimo.
Caminhou para a sala de pesquisas no porão, onde provavelmente estava aquele que o castigou e o machucou por tantos anos, aquele momento era o que mais desejava, porém, necessitava de cada um daqueles desprezíveis e inúteis humanos.
Night, como chamado pelos seus amigos, apenas parou na frente da mesa de onde estavam espalhados todos aqueles líquidos químicos altamente perigosos, seu pai não se importava com aquilo.
— Então, papai, parece que esse dia finalmente chegou, temos que fazer uma festa digna! — Seus olhos dourados brilhavam sobre a luz e seu cabelo branco dava um belo contraste, o sangue de sua mãe escorria pelos cantos de sua boca e um sorriso diabólico se mostrava, deixando seu pai cada vez mais irritado.
— A gente queria fazer isso para o seu bem, filho-
— Se realmente quisesse, teria me deixado com meus verdadeiros pais, aqueles que me deram a vida e lhe prometeram vingança! — Interrompeu o homem ali presente, que apenas se afastou da mesa e tirou o seu jaleco branco, o jogando em um lugar qualquer.
— Vingança prometida, vingança feita!

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Meu Crush É Um Vampiro!
RomanceDepois de sua vida ser virada de cabeça para baixo, acabou sendo obrigado a se mudar e estudar em uma escola nova onde não conhecia ninguém, mas, nem tudo é rosas. Se apaixonar foi uma das piores escolhas que já tinha feito e para piorar, seu crush...