Capítulo 11

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Eu havia dito que iria postar com mais frequência e não o fiz!

Quatro dias depois do ultimo post meu Vô faleceu e perdi minha animação, ele era muito querido e especial. Ele era um avô maravilhoso, vocês não têm ideia. Enfim, já tenho alguns cap prontos, então vou soltando durante a semana. Só falta eu dar uma lida antes.

Desculpem pela demora.


- O que ele está fazendo aqui? - O hálito misturado com menta do gel dental e álcool entrou como uma taverna viking de milhares de anos em suas narinas arrancando suas vibrissas

- Você está fedendo a bebida –

- Não vai responder não, Rafaella? - Olha lá a bebum impaciente

- Só estava me ajudando a encaixotar algumas coisas- Afastou -se para que a dona de alambique olhasse a pilha de caixas pelo apartamento

- Porque tava encaixotando as coisas? Porque não pediu minha ajuda? – Tentava inutilmente se equilibrar nas duas pernas, nessa impossibilidade, recorreu ao apoio no encosto do sofá

- Porque não vai embora, Bianca? – Seca como o Carvalho Branco que mata Originais

-Quero conversar...- Alguém parecia ter a língua grudada no céu da boca, pesando uma tonelada

- Não quero conversar com você, não sinto verdade em você...-

- Rafa...- Na tentativa de se aproximar da maior, Bianca caiu de boca no chão, foi possível ver a cabeça quicando como uma bola de basquete

- Meu Deus, Bianca! - A missionária apressou -se em socorrere-la

- Não, eu fiquei banguela, eu sinto, eu passo a língua e só tem vazio – Fungou- Não me olha, sério...-

- Vem- Rafa tentava levantar a garota que mais parecia um saco de batata de 300kg

- Não, Rafaella. Eu tô indo – A empresária estava envergonhada com a possibilidade da outra ver a porteira aberta, escancarada e sem porta da porteirinha

- Você não vai a lugar algum nesse estado. Me deixe olhar isso – Levantando gentilmente o rosto do saco de batata humano, logo abriu um sorriso largo

- Do que está sorrindo? –

- Seus dentes estão onde deveriam estar, embora eu estivesse torcendo para que não! – Levantou-se ajudando a outra quase esquecendo da máquina de ódio apontada para sua cabeça com a cena de mais cedo – Vá tomar um banho –

- Já banhei antes de vir pra cá, tô cheirosa, sente só- Bia aproximou-se mais do que deveria e sentiu o perigo eminente

- Vá logo, Bianca! Você cheira a azedo- Por mais que a Boca Quebrada se parecesse um filhote de poodle abandonado com os olhos do gato de botas, não iria ceder a conversa fiada dela

- ok... onde fica o banheiro? –

- No corredor-

-O do seu quarto é mais legal –

- Corredor, Bianca! – As grandes esmeraldas em sua direção eram como o olho de fogo do Senhor dos Anéis. Estranhamente, a degustadora de bebida com teor alcoólico elevado sentia como se houvessem minúsculas bolinhas que faziam seus pés deslizarem para direções contrárias.

Rafaella não iria correr o risco de a garota voltar sozinha dirigindo para casa e confiaria muito menos em algum motorista de aplicativo. Não era um coma alcoólico, mas era visível a embriaguez.

Duas IguaisOnde histórias criam vida. Descubra agora