1: easy

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Avisos básicos e importantes: conteúdo +18, com palavras pesadas e nenhuma censura. Lauren g!p.

Camila Point of View.

- Você é chata pra caralho, cara. - Levo um susto quando ouço aquelas palavras saírem da boca de Lauren.

Minha namorada quase nunca fala palavrões, e até me puxa a orelha quando estou falando muito. O que significa que eu estou muito fodida e que ela está realmente irritada comigo. Solto um longo suspiro e cruzo meus braços na altura do peito. Não tenho culpa de estar vivendo os meus piores dias do mês essa semana.

Minha menstruação deveria ter vindo na segunda-feira e até agora nada. O que significa mais dias de TPM, humor incontrolável, hormônios borbulhando e meu temperamento que já não é o mais fácil do mundo, três vezes pior. Pensando por esse lado, Lauren tem mesmo muita paciência para me aturar...

- Desculpa, amor. - Faço um biquinho e volto para a cama, engatinhando até ela e me sentando sobre suas pernas. Lauren está com um livro nas mãos, tentando se concentrar em sua leitura há mais ou menos meia hora, quando começamos a discutir por uma coisa idiota.

Tento tirar o livro de sua mão, mas ela não deixa. Depois me olha irritada, pega seu marca páginas e fecha o livro. Penso que ela vai parar com aquela besteira e me beijar, mas ela usa suas mãos apenas para me tirar de seu colo e se levantar. Sem me olhar nos olhos, ela começa a vestir seu tênis e a ajeitar a calça de moletom em seu corpo.

- O que você está fazendo? - Eu pergunto, já sentindo uma vontade inexplicável de chorar.

- Eu vou embora, Camila. Não aguento mais ficar aqui brigando por nada. Quando sua crise de existência passar e talvez você deixar de ser mimada, você me liga. - Suas palavras me deixam extremamente chateada, então não digo mais nada e apenas assisto Lauren Michelle pegar suas coisas e sair do meu quarto sem me dizer mais nada.

Poxa, eu sei que tenho sido insuportável nos últimos dias, mas ela precisava me deixar assim? E ainda banalizar tudo o que estou sentindo?

- Sua idiota!

Eu digo alto o suficiente para que ela possa me ouvir do final da escada. Não tenho certeza se isso chegou aos seus ouvidos, mas a julgar pela força que a porta da frente bate, ela ouviu. Ótimo.

Me jogo em minha cama, abraço o travesseiro que antes Lauren estava encostada (que continua quente e tem seu cheiro), e deixo que várias lágrimas grossas rolem por minhas bochechas. Eu quero socar a cara dela, mas ao mesmo tempo eu quero que ela volte e diga que estava brincando, que não vai me deixar sozinha.

Choro tão intensamente que acabo adormecendo daquele jeito, abraçada àquele travesseiro e sonhando com seu perfume. Quando acordo, percebo que já escureceu, uma consulta no relógio me mostra que são quinze para as oito. Eu dormi no mínimo umas duas horas e minha cara deve estar horrível e inchada pelo choro e pelo sono.

Pego meu celular para saber se Lauren já se desculpou por hoje à tarde, mas não há nenhum sinal dela. Decido tomar um banho e ficar apresentável, para o caso de minha namorada se arrepender e aparecer aqui. Afinal é sábado e nós sempre passamos os finais de semana juntas.

Depois de uma ducha quente e relaxante, passo meu hidratante de pêssego por todo o meu corpo. Lauren adora esse cheiro e fica maluca quando eu o uso. Sorrio ao pensar nela e volto para o banheiro para secar meus cabelos com o secador até que não haja um único fio molhado. Me visto com uma roupa confortável e volto para minha cama, já se passaram quarenta minutos e ainda nenhum sinal dela.

"Lo? Morreu?"

Envio aquela mensagem e espero. Mais quarenta minutos e nada. Começo a ficar impaciente. Envio mais uma mensagem parecida com aquela e nenhuma resposta de minha namorada vem. Ligo para sua casa e o telefone toca até cair na caixa postal. Quando está perto das onze da noite, decido ligar para a casa de seus pais para saber se ela passou por lá.

Easy (One Shots)Onde histórias criam vida. Descubra agora