Minha Assistente Tentação

16- Constrangimento, tensão e problemas.

Ainda era madrugada quando Gizelly começou a arrumar as malas, na suíte de frente, Rafaella fazia o mesmo. Manu estava mais preocupada em pegar o contato da mulher com quem passou mais uma noite.

Pelo visto, Jaqueline conseguiu deixá-la interessada, Manu nunca ficava com a mesma mulher por mais de uma noite.

No relógio, sete da manhã.

Gizelly liga para Gustavo, mas novamente, a ligação cai na caixa postal, três batidas na sua porta e ela corre para abrir.

_Bom dia - Rafaella diz seca.

_Estamos te esperando no carro, pedirei para que venham buscar suas malas- ela diz e sai pelo corredor.

Gizelly a acompanha com os olhos, até que Rafaella entra no elevador e dá um suspiro pesado, ela sabia que o constrangimento pela noite anterior, seria inevitável. Ela termina de se arrumar e sai logo em seguida.

Já no carro, Rafaella dá as instruções para o motorista e todos seguem para o aeroporto. Assim que entram no avião, Manu troca as passagens propositalmente e se senta no lugar que seria de Gizelly, para que ela pudesse se sentar ao lado de Rafaella.

Quando ela se senta, sente seu desconforto, nenhuma das duas abre a boca para conversar durante a viagem, Manu olha para elas e apenas ri, estava claro que aquela tensão toda, só poderia ser algo mal resolvido. 

Por fim, Gizelly dorme e em seguida Rafaella faz o mesmo.

***

Chegaram ao Brasil, tarde da noite, Rafaella pede para o motorista que as esperavam, para levar Gizelly para casa, ela fica decepcionada, pois pensava que Rafaella a levaria. A frieza com que a tratou, deixou-a pensativa e lá no fundo, sentiu algo parecido com raiva.

Não sabia ao certo decifrar seus sentimentos naquele momento, mas percebe o quanto a incomodou ser ignorada por Rafaella após terem compartilhado algo tão íntimo como um beijo. A falta de diálogo deixou Rafaella ainda mais irritada, ela não sabia o que se passava na cabeça de Gizelly. Esperava um sinal de que tudo estava bem entre elas.

O silêncio, foi pior coisa que teve de lidar. Rafaella queira gritar, expor seus sentimentos e dizer a Gizelly que ela não iria desistir tão fácil.

Mas para quê? - ela pensa. Gizelly é apaixonada por alguém que sequer existe, ou melhor, existe sim, porém não se importa o bastante para estar ao seu lado.

_Boa noite, senhorita Gizelly - o motorista diz, ajudando-a com as malas.

_Obrigada.

_A senhorita Kalimann pediu para que tirasse folga amanhã.

_Farei isso sim. - ela diz a contragosto.

"Rafaella deve esta arrependida, já que quer se livrar tão rápido de mim" - Gizelly pensa enquanto caminha para dentro de sua casa.

Márcia ao vê-la, corre para abraçar a filha.

_Minha menina! Como foi de viagem?

_Foi ótimo - ela diz sem muito entusiasmo.

_Quero saber de todos os detalhes.

_Amanhã mãe, hoje estou um caco- ela diz dando um beijo carinhoso em sua testa, Márcia fica preocupada com a reação da filha, mas decide dar a ela privacidade.

No apartamento de Rafaella, ela anda de um lado para o outro, pensando na melhor form ade conquistar a Gizelly. Todas as suas ideias parecem ridículas, ela ri só de pensar em ter que fazer tudo o que passa em sua cabeça, para que ela veja o quanto a ama.