41- Em busca do perdão.

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Três dias depois...

Gizelly chora deitada em sua casa, há dias não conseguia dormir e a falta de Rafaella já estava sufocando-a. Para piorar, a indiferença com que a tratava era demais para Gizelly.

_Ainda acordada? - Márcia entra no quarto e sorri levemente para sua filha.

_Sim - ela responde e seca as lágrimas.

_Ainda não conseguiram se acertar, não é?

_Não, acho que ela já não me ama mais - Gizelly diz com pesar, Márcia sorri e dá um abraço na filha.

_Nunca vi um casal tão cabeça dura como vocês duas, é visível que estão sofrendo uma pela outra e mesmo assim, são duas masoquistas que preferem a dor ao invés de serem felizes.

Gizelly dá um sorriso fraco.

_Acho que peguei pesado demais, agora não sei como consertar tudo isso. Eu me aproximo dela, mas Rafaella se afasta como se eu tivesse uma doença contagiosa.

_Está lhe faltando coragem, Gizelly - Márcia diz.

_Como assim?

_Enquanto não admitir para si mesma que você exagerou e é você a única culpada por estarem separadas, vocês irão continuar na mesma. Você é orgulhosa e Rafaella também e sabe de uma coisa, esse orgulho todo não vai levar vocês a nada.

Gizelly abaixa a cabeça, pensativa.

_Ou melhor, irá sim. Irá levá-las a uma vida vazia e triste. Vocês se completam, tenta ouvir o seu coração. Quanto mais o tempo passa, mais a Rafaella vai se acostumar a viver sem você. E quando isso acontecer, talvez não a consiga de volta - Márcia a aconselha.

Gizelly se levanta da cama e coloca um vestido e seus sapatos, sua mãe a olha. Os olhos inchados de tanto chorar, agora brilham.

_O que está fazendo? - Márcia pergunta confusa.

_Vou buscar a minha felicidade de volta - ela sorri.

_Mas agora? Gizelly, minha filha, já olhou as horas? Já se passa das duas da manhã. Gizelly para em seu lugar e pensa.

_Eu sei, mas quem foi que disse que temos hora para o amor? Já esperei demais, cada segundo que eu perco longe dela, me mata aos poucos - ela diz e liga para um táxi.

Dez minutos depois, o carro estaciona em frente sua casa.

_Tchau, mãe! Obrigada pelos conselhos - ela a beija no rosto e entra no carro. Ansiosa, os minutos se passam como uma eternidade.

_Moça, dá para dirigir mais rápido? - ela pergunta aflita.

_Infelizmente não senhora, já estou no limite máximo permitido - Gizelly bufa.

Ao chegar em frente ao prédio, ela abre a porta e paga o motorista. Gizelly corre para a portaria sem se importar em pegar o troco. Ela passa pela portaria e corre até o elevador.

Seus dedos trêmulos tocam sem parar no número do andar de Rafaella, assim que sai do elevador, ela suspira fundo e aperta a campainha descontroladamente, a demora de Rafaella a desespera.

Do outro lado, ela acorda assustada com o barulho da campainha.

_Ah merda! - pragueja e se levanta com os cabelos bagunçados de uma forma sexy, apenas de calcinha e camiseta.

A campainha não para.

_Merda! Que porra é essa? Tá pegando fogo no prédio? Só espero que não seja nenhuma vizinha gostosa sem noção, querendo açúcar há essa hora.

Minha Assistente TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora