Querida Infância

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Lembro-me de ti,
de como tudo era mais simples.
Lembro-me da inocência,
e da ausência de limites.

Lá longe, vão as recordações
do teu ser iluminado.
Lá longe, estão as memórias
de um tempo bem passado.

E as saudades? Que faço eu delas?
Em desespero a minha alma grita:
-Por favor, volta,
quero-te aqui comigo!

Mas o tempo teima em não voltar.
Olho o horizonte e lá está o sol,
murmurando-me baixinho, que a luz volta todos os dias...
E brilha. Brilha sem parar.

E às vezes, só às vezes também me sinto luz.
E às vezes, só às vezes também me sinto brilhar.
E é nessas vezes que te resgato e mato saudades,
de quando o tempo era feito de inocência e liberdade.

E aí os tempos fundem-se.
Resgato quem fomos, quem somos.
E a luz torna-se a verdade.
E sorrio... Sou feliz outra vez!

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⏰ Última atualização: Aug 12, 2015 ⏰

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