Aventuras no Sítio do Picapau amarelo. Em Revisão

A lenda do Boitatá

As  crianças foram embora depois de contarem tintim por tintim a aventura  que tiveram.

E quando chegaram em casa, foi a vez da Dona Benta e da Tia Nastácia ouvir toda a aventura. Dona Benta disse que as crianças tinham uma grande imaginação, pois mula sem cabeça é apenas uma lenda do nosso folclore, mas Tia Nastácia acreditou piamente  nas crianças, e se benzeu toda vez que ouvia o nome da criatura.  quando foram dormir a Tia Nastácia  contou a lenda do Boitatá.

— Vocês conhecem a lenda do Boitatá? — perguntou Tia Nastácia.

— Não!— disseram em uníssono.

— A lenda diz que há muito tempo atrás era só escuridão nem estrela tinha no céu, era um imenso silêncio, sem o barulho dos bichos que viviam nas floresta. A escuridão era tão grande que parecia que não haveria mais luz do dia.

—Nossa! — disseram impressionados.

— E tem mais...

— Conta, Tia Nastácia — pediu Narizinho.

— As pessoas ficaram dentro de casa com fome e frio, com a escuridão não tinham como caçar e pegar lenha.

—E como fizeram? — indagaram curiosos.

— Não tinha muito o que fazer, e só piorou com a chuva que inundou tudo, e muitos animais morreram.

—Que triste! — disseram em uníssono.

— Uma grande cobra que conseguiu sobreviver estava faminta, ela comeu os olhos dos animais mortos, os olhos brilhavam boiando nas águas.  E a luz dos olhos dos animais mortos acumulou dentro da cobra, ela  ficou transparente e iluminada, e virou o boitatá. — As crianças arregalaram os olhos.

—Que história incrível — disse Julinho.

— Dizem que é lenda, mas se o povo fala, é porque  existe. E o Boitatá  protege os animais e as florestas de pessoas malvadas que só pensam em desmatar a floresta, e matar os animais. Agora está na hora de dormir, já fizeram muita traquinagem por hoje.

Tia Nastácia saiu do quarto e todos pularam da cama e viram uma luz, que adentrava pela janela,  foram até a janela para ver da onde vinha a luz.  E viram o  Boitatá.  A cobra de fogo  passeava e iluminava o  Sítio do Picapau amarelo, e depois de percorrer todo Sítio, a cobra de fogo  foi na direção do capoeirão.

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