Santanense

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Quanto tempo não ouço o apito
Que ecoava na cidade
Que pra nós era um rito
Na nossa mocidade
Ah Santanense....
Que abrigou tantos
Que ajudou muitos
Quantas bocas alimentaram
Quantos homens formaram
E mesmo assim á ceifaram
Você sucumbiu ao tempo
Seus muros não são mais mistérios
Seus portões não escondem segredos
Sua vista está a Deus dará
Fato em outrora
Difícil de imaginar
De todos que ali passaram
Restaram poucos
Alguns já voltaram a fonte
Outros ficaram loucos...
Restou o cheiro do pano e do algodão
E a lembrança dos homens descendo a rua
Com o leite e marmita  na mão
Hoje o apito ecoa em silêncio
Dentro do meu coração
Dentro do meu coração.....

PoesiasWhere stories live. Discover now