Seu Segredo

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Seus pés doíam, seus joelhos doíam, seus quadris doíam...mas não eram nada comparados a felicidade que sentia em seu coração. Cada segundo de esforço eram recompensadores.

Abriu a porta de casa e sorriu ao constatar que o pai já havia chegado.


–Estou morta!


Disse se jogando no sofá da sala e deixando seus pertences escorrerem para o carpete.


–Estou vendo. Saito estava sentado diante de uma escrivaninha na sala lendo papeis que provavelmente eram do trabalho. – Não devia se esforçar tanto.


–Olha quem fala! Sakura olhava o pai. –Trazendo serviço pra casa de novo, aposto que mal vai dormir essa noite.


Ralhou com o homem.


–É por uma boa causa, e além do mais, era eu quem devia dar as broncas por aqui.


Olhou para a filha que apenas lhe mostrou a língua.


Ela se levantou pegando suas coisas do chão e foi até ele.


–Só não se canse muito. Se inclinou e lhe beijou o rosto.


–Certo. E você vá tomar um banho, está fedendo.

Sakura estreitou os olhos e teve ganas de dar um enorme abraço molhado de suor no pai, mas não o fez, sabia que ele estava brincando.


–Está com inveja, sabe que danço muito melhor que você. Retrucou.


Saito a encarou.


–Nem se você fosse a estrela de Dirty Dancing.


Sakura soltou uma risada.


–Então vem aqui e me mostre.


Ele sabia o que a filha estava tentando fazer, sorriu afetivamente com o gesto.


–Com esse seu cheiro eu desmaio antes mesmo de conseguir ficar de pé.


A rosada bufou.


–Certo. Caminhou até os pés da escada, mas antes de subir olhou novamente para o pai.


–Ainda não terminamos essa conversa. E correu em direção ao quarto.

Jogounovamente suas coisas no chão e se deitou na cama.


Mais uma vez seu pai evitara. Desde a morte da mãe que ele nunca mais sentiuvontade de voltar a dançar e isso a incomodava constantemente, afinal já faziam5 anos.


Resolveu esquecer os problemas por um momento e foi para o banheiro, realmenteprecisava de um banho.



Sasuke a encarava despudoradamente durante toda a aula, se seus amigos não estivessem tão distraídos falando besteiras com toda certeza teriam percebido. Sua curiosidade aumentava mais a cada minuto que o relógio sobre o quadro percorria, estavam quase no fim de mais um dia de aula e ele precisava saber o que aquela garota fazia num lugar como aquele. Talvez ela fosse amiga de alguém por lá, ou assistia as aulas...dança de salão não era muito comum no Japão e alguns ritmos eram malvistos pela sociedade. Quando mais pensava mais curioso ficava.

Finalmente o sinal indicando o término das aulas tocou.


–E aí, vamos ensaiar hoje? Neji perguntou.


–Eu não vou poder. Sasuke se adiantou em dizer.


–E por que não? Naruto perguntou.

O que diria? Não podia dizer que seguiria a garota de cabelo cor de rosa até uma escola de dança.


–Meu pai me pediu pra fazer umas coisas pra ele. Foi uma péssima desculpa, mas funcionou.


–Tudo bem, nos vemos amanhã então. Gaara falou já partindo para se encontrar com a irmã.


Parou o carro do outro lado da rua e se encaminhou para o prédio a frente. Abriu a porta e pode perceber que não havia ninguém além de Shizune.


–Sasuke-sama! A ouviu dizer. –O que faz aqui?


A morena o olhou com curiosidade.


–Bem, eu vim...


–Ah, Uchiha! A loira peituda o gritou saindo de uma sala.


–Tsunade-sama. A cumprimentou.

–Vejo que estava tão ansioso pra começar as aulas que se antecipou vindo hoje.


–Sim sim, foi isso mesmo. Disfarçou.


–Bom, estou com uma jovem aqui que está sem par. Poderia me ajudar?


O moreno olhou para o local de onde Tsunade havia saído e viu uma garota parada, tinha os cabelos azuis e uma flor branca no cabelo.


–Venha Konan, não sinta vergonha.


A jovem se aproximou dos dois.


–Prazer. Ouviu-a pronunciar baixo.


–Prazer. Respondeu meio seco.


Pedia aos céus para lhe enviar uma desculpa e sair daquele lugar.


–Bem, ambos vão aprender a valsa. Tsunade começou.


A moça se aproximou do Uchiha.


–Primeiro é preciso saber a postura.


Tsunade colocou Sasuke virado de frente para Konan.


–Segure nas costas dela. Notou a azulada corar.


Ele o fez, segurou nas costas dela e com a outra mão tomou a sua.


–Muito bem, queixos paralelos ao chão, coluna reta, um respeitando o espaço do outro. A loira dizia olhando os dois. –Shizune, música.


A morena apertou um botão do enorme som que ficava do outro lado da sala. Uma
forte melodia começou a tocar.


Dance ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora