Sinto sob minha pele

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Maite e William agora estavam no chão, ela por cima dele distribuindo beijos pelo seu rosto, terminando por morder seu maxilar. Ela havia tentado se desvencilhar dele mais vezes do que poderia contar, mas ele simplesmente não a deixava. Ao menos conseguiu colocar a saia e a calcinha. Tentava ir pela blusa de botões e seus sapatos, mas ele a segurava pelos quadris, a beijando a todo instante.

- Posso ir com você? – Perguntou, os lábios agora colados na pele dela.

- À minha entrevista de emprego? Nem se estivesse louca – Ela respondeu rindo enquanto sentia os beijos dele por seu colo. – Sério, eu preciso ir. – Maite disse, se afastando o suficiente para olhá-lo. Viu William suspirar alto e então liberá-la.

- Não vou sair daqui desse chão até você voltar. – Ela o ouviu dizer enquanto colocava o sutiã e a blusa. Maite se virou para ver a cena e riu, achando graça. – Estou falando sério.

- Então vai ficar no chão gelado por um bom tempo. – Rebateu, ainda com sorriso nos lábios. Ela passou por ele, indo até a cozinha onde seus sapatos estavam. Quando voltou por sua bolsa, ele continuava lá, deitado e de olhos fechados. Maite então se aproximou dele e se abaixou para dar um beijo de despedida. – Tchau.

- Tchau – Se despediu, abrindo os olhos apenas para vê-la sair pela porta.

Maite passou em casa apenas para um banho rápido e trocar de roupa. A entrevista seria realizada na própria galeria e ela já estava atrasada. Por sorte o trânsito não estava carregado e ela conseguiu chegar apenas dois minutos de atraso.

- Pois bem, Maite. Me diga o que tem feito, como é seu processo? – O entrevistador parecia sério, mas simpático. Na mesa tinha o tablet aberto e dois copos de água.

- Ah sim, claro. Como disse um pouco por telefone, eu sou de Los Angeles, depois me mudei para Nova York, onde eu realmente despontei depois da faculdade. Passei um pouco mais de um ano e então decidi voltar para cá, estou aqui desde então, estava morando mais no centro e agora estou um pouco mais afastada. – Continuou. – Eu nunca trabalhei como curadora propriamente dito, mas tenho muita experiencia com galerias e saber como elas funcionam, assim como entender o gosto do cliente e saber o que ele quer e precisa, bem como entender o que a galeria quer expor e como ela quer fazer isso. E eu amo trabalhar com isso, é uma inspiração para mim.

- Certo – o entrevistador voltou a olhar para o tablet onde ele tinha as informações de seu currículo. – Estou vendo aqui que você trabalhou em uma galeria como assistente de curadoria em Nova York por três anos e aqui em L.A. no centro de artes por...apenas seis meses?

- Exato, esse último não foi o ambiente certo pra mim – Ela disse usando seu tom profissional. – Mas é uma ótima empresa, ótimos profissionais. – Completou.

- Muito bem. – Aceitou, dando um pigarreio. – Bem, aqui diz que você também tem algumas criações próprias, você tem o portifólio aí com você?

- Sim, tenho. – Maite então ergueu a enorme pasta preta e a depositou sobre a mesa. – Aqui está. – Maite observou enquanto ele folheava as páginas de seu portifólio, contendo fotografias, desenhos e colagens de seus trabalhos. Tentava adivinhar o que ele estava pensando, mas sua expressão insondável a deixava intrigada.

- Perfeito, vejo que tem um bom trabalho aqui – Comentou, terminando de fechar a pasta e agora voltando a encará-la. – Certo, adorei saber um pouco mais de você e espero poder contar com você em breve. – Ele se levantou e ela o seguiu. – Vamos checar algumas das referencias que nos enviou e conversarei com meu superior. Entraremos em contato assim que tomarmos uma decisão. – Ele então estendeu sua mão e Maite o cumprimentou. – Muito obrigado por vir, senhorita Perroni.

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⏰ Última atualização: Jan 16, 2021 ⏰

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