𝐟𝐨𝐮𝐫

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Recebo a ficha de uma paciente, abro o arquivo e leio o seu nome, Saturn Mae Besson

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Recebo a ficha de uma paciente, abro o arquivo e leio o seu nome, Saturn Mae Besson. Que nome mais adorável. Confirmo a consulta e me preparo para recebê-la no consultório.

Minutos depois a porta é aberta, um homem loiro e alto entra com a garotinha em seus braços. Pude perceber que Saturn tinha o nariz vermelho e umas olheras profundas abaixo dos olhos.

— Bom dia pequena! — falo sorridente tentando alegra a criança. — Qual foi o motivo dessa mocinha ter vindo me visitar papai? — pergunto.

Parece que o pai de Saturn estava em outro mundo, ele se assusta com a minha fala mas logo se recompõe.

— Saturn está com dor de garganta. — fala e se senta em uma cadeira.

Pego Saturn nos braços e a coloco sobre a maca verde que tinha no meio da sala. A garotinha abre sua boca, coloco um palitinho na sua língua e com a ajuda de uma pequena lanterna consigo ver como está a situação ali.

— Sua filha está com uma leve inflamação na garganta, nada que um antibiótico não resolva. — falo e noto que a expressão do senhor Besson ficou mais leve.

Coloco a pequena no chão que logo corre para o seu pai. Me sento na minha cadeira e pego um bloco de papel e começo a receitar os remédios necessários.

Desvio o meu olhar para o mais velho. Pude perceber que o seu olhar estava perdido, talvez seja a preocupação com a sua filha. Porém noto o lugar em que seus olhos estavam fixos.

Meus seios.

Me sinto meio desconfortável com a situação, afinal estava no meu ambiente de trabalho. Ajeito minha blusa na tentativa que ele perceba o que está fazendo, mas a tentativa foi um fracasso.

— Saturn como você foi uma boa menina pode ir pegar um pirulito ali.

A garotinha sai do colo do pai animada e pega um pirulito que tinha em um pote de vidro.

— Posso fazer um pedido? — o mais velho assente, respiro fundo. — Senhor Besson, poderia deixar de olhar para os meus seios e focar no meu rosto?

Noto que ele ficou com o rosto totalmente vermelho, Besson abaixou seu olhar para os pés e começou a mexer desajeitadamente nos seus dedos.

— Sinto muito se a deixei desconfortável. — fala e eu sorrio fraco assentindo. — Acabei dormindo mal essa noite, talvez tenha cochilado de olhos abertos.

— Tudo bem. — falo. — Só não repita mais isso.

Besson assente rapidamente e se levanta da cadeira. Assino a receita médica e entrego para o loiro. Caminhamos lado a lado até Saturn que ainda estava com o pirulito em mãos.

— É só dar esse remedinho que você vai ficar boa logo. — falo e me abaixo em frente a garota. — Você não da trabalho para tomar remédio né?

— As vezes. — ela fala meio tímida e eu acabo por rir.

— Você é muito educada Saturn, seu papai e sua mamãe devem ter muito orgulho.

— Eu não tenho mamãe. — Saturn fala e eu fico completamente errada. — Mas eu tenho vários titios e uma titia linda.

Me levanto sem saber o que falar, sorrio para Saturn e olho para o seu pai que ainda estava meio perdido no olhar. Me despeço dos dois e sento na poltrona.

Afundo meu rosto nas minhas mãos e suspiro. Em cinco minutos passei por tanta coisa. Um tarado olhou para os meus seios e fiz uma garotinha lembrar do fato que não tem mãe, me senti tão horrível por isso.

Balanço a cabeça tentando me livrar desses pensamentos e volto a me concentrar no meu trabalho.

Balanço a cabeça tentando me livrar desses pensamentos e volto a me concentrar no meu trabalho

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𝐏𝐄𝐃𝐈𝐀𝐓𝐑𝐈𝐂𝐈𝐀𝐍 彡 corbyn besson ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora