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HENRY

Existem certas coisas na vida, que nos perguntamos por quê acontecem. Outras a gente finge não saber como aconteceram para se poupar da culpa de saber que os únicos responsáveis por nosso futuro somos nós mesmos.

Para certas coisas, a única pergunta a se fazer, é como deixamos  que as coisas chegassem a certo ponto.
Eis, meus amigos, a hipocrisia.
Sempre irei me perguntar com o pude deixar que algo ruim acontecesse para perceber o óbvio.

Mas em toda essa minha reflexão, percebi que tempo é algo frágil, você o tem, mas não pode controlá-lo. Cada segundo que lhe é ofertado, deve ser aproveitado como se fosse único.

Tudo isso nos todos sabemos por ouvir falar, mas só damos valor quando vivemos na prática.

Schwoz entra no pátio da caverna seguido de Charlotte que sentou em sua cadeira habitual.

- Henry, venha até o meu laboratório.
- Me senti num consultório.- soltei um sorriso fraco. Sentia menos vontade de sorrir a cada dia, talvez fosse drama. Ou uma depressão.
- Vou desligar o seu imã. Mas antes preciso fazer uns exames para saber se está tudo no lugar, e não houve nenhum prejuízo no seu cérebro.
- ok, mas falando assim parece que eu sou louco.

Ele colocou um aparelho estranho na minha cabeça e em uma tela apareciam porcentagens e  algumas palavras  científicas estranhas. Ele me olhou sério, como se estivesse ponderando se me dizia algo ou não.

- E aí, fique doido?- ele olhou para a tela e sussurou algo que eu não ouvi.
- Você gosta de mulheres de biquíni?
- O quê? Sei lá... sim?
- É bom que goste.

Decidi não perguntar, é cada coisa que se passa na mente desse cara, e eu prefiro não contrariar.

- Bem, não tem nada pra se preocupar. Vou injetar esse líquido no seu ouvido e ele vai direto para o seu cérebro, fazendo com que o imã desligue.
- tudo bem.

Deitei a cabeça e no momento que o líquido desceu pelo meu ouvido eu apaguei.
Minha vista ficou escura comecei a me sentir como se tivesse tomando um choque. Ouvi vozes me chamando longe mas não distingui de onde vinham e quem estava me chamando.

Acordei com Ray me chamando preocupado. Ao me ver, ele falou algo e dei um pequeno sorriso.

Seus lábios mechiam como se estivesse dizendo algo, franzi a testa tentando entender o que ele dizia. Só então percebi que Charlotte estava ali enfrente a algumas máquinas. Ela se aproximou com alguns aparelhos e um pequeno sorriso.
- Vou fazer mais alguns exames em você.- ouvi claramente e assenti.

Ela se inclinou em minha direção para conferir meus batimentos cardíacos com um estetoscópio.

- Desde quando você é médica?- ela pareceu se surpreender por fazer a pergunta, mas não me respondeu.
- respire fundo.- obedeci. Ela assentiu e se virou para Schwoz.
- A frequência cardíaca está boa. Acho que ele só precisava tomar aquele soro.- ela se virou pra mim - Você ficou desidratado e sua pressão caiu. Vai ficar bem agora.
- E o choque?
- Que choque?
- Quando fiquei inconsciente, eu levei um choque.
- Eu sabia- Schwoz falou se aproximando - sentiu dor de cabeça?
- Não... Mas estou com sede.
- Charlotte traga água.- ela saiu a passos rápidos.

Ray se aproximou de mim me observando cuidadoso.

- Henry você está verde.
- Verde?

Só deu tempo dele pegar um balde para eu despejar metade de mim ali.
Não vou mentir, foi algo libertador porém acho que o líquido azul não era normal.

Novamente senti uma corrente elétrica no corpo, e tossi algumas vezes desconfortável .

- O que eu tenho Schwoz?
- pelo que eu estou vendo, você não tem mais nada.

Fiquei sem saber se isso era bom ou ruim.
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Hi Lorena, cheguei.
Já disse o que eu tinha pra dizer e to indo embora😘

Só Por Obrigação- continuação (Em Edição)Onde histórias criam vida. Descubra agora