meu querido drácula

questionamentos

-"Miss burton,deseja algo?"fala a empregada tirando Valerie de seus pensamentos

-"o príncipe chegou? tenho assuntos a tratar que são urgente"

fala Valerie quase tentando se explicar

-"não miss Burton, algumas vezes-ela faz uma pausa e olha para os lados-"ele só chega pela manhã,sabe, ele vai até lugares de mulheres fáceis."

Valerie engole a água e quase se engasga com a indiscrição

-"por favor, me avise quando ele chegar"

fala Valerie tentando desviar do desconforto do assunto

Enquanto dormia Valerie sonhava em pessoas sendo cortadas olhos vermelhos sangue por todo lugar,e ouviu batidas,acordou quase que em um pulo,abriu a porta ainda atordoada

-"desculpe miss Burton,pediu para que eu a avisasse,ele chegou"fala em sussurros

Valerie agradece, entra começa a se vestir como ela iria questionar o príncipe?"olá majestade o senhor poderia me dizer se bebe o sangue das pessoas como está escrito e assinado nesse livro?"

Ao terminar de se vestir Valerie sente todo seu corpo estremecer a cada passo a cada degrau,ela não podia nem identificar seus sentimentos,medo, curiosidade,pavor
Ao descer ela vê o príncipe com um copo de vinho nas mãos lendo algo a luz das tochas ele parecia concentrado

-"majestade?"

-"miss Burton, espero que tenha apreciado a leitura"

Então Valerie dá um sorriso sem graça e volta a falar

-"eu encontrei um livro, majestade, não sabia se era proibido"

Então repentinamente ele muda sua expressão,agora era uma expressão que parecia raiva

-"vamos ao meu quarto miss Burton, assuntos como esse não podem ser tratados aqui"

ele se levanta fecha o livro que estava lendo, ainda com o copo de vinho nas mãos sobe as escadas e Valerie está logo atrás dele agora ela podia indentificar o que sentia, era pavor.

Chegando no quarto drácula fecha a porta e o medo que Valerie sente, se intensifica.

-"pergunte-me"

-"majestade,aquilo que li e real?"

-"sim miss Burton-ele faz uma pausa e se senta na cama e dá mais um gole de seu vinho-desde dos primórdios nós humanos nós alimentavamos de sangue, foi assim que a humanidade sobreviveu
-No alimentamos em três luas a lua minguante, -lua cheia, e a lua de sangue"

- "lua de sangue ?"

- "é uma das luas mais importantes,e quanto completamos o ritual, não sou um assassino Valerie,as pessoas que vem até nós ela querem fazer parte disso"

- "você tem presas? Como um morcego?"

Drácula dá um risada alto com o questionamento de Valerie

- "não Valerie, não tenho, continuando, depois da lua de sangue ficamos fracos demoramos um tempo até retomarmos a força,por isso que temos que ficar reclusos."

- "o que esse ritual dá a vocês?o que ganha com isso?"

- "juventude, força, beleza"

fala drácula enquanto toma o copo de vinho em sua mãos

- "eu acredito que essas informações não podem faladas a alguém,porque me contou isso drácula?o que irá fazer comigo?"

Drácula então se levanta ainda com copo de vinho nas mãos, dá um gole e se aproxima por trás da cadeira onde Valerie está,se aproxima de seu ouvido e fala quase como em um sussurro

-"eu poderia fazer muitas coisas,miss burbon,mas como eu lhe disse eu não sou um assassino." Ele fala próximo ao ouvido de Valerie

-"seu pai era adepto a isso?"

-"meu pai,meu avô,todos que foram rei e condes dessa família,e nossa religião, miss Burton"

Valerie está completamente atordoada ainda havia tantos questionamentos,mas ela simplesmente não conseguia assimilar todas as informações fornecidas

-"sinto muito saber disso miss Burton,mas não contarei ao concelho se quiser ir embora,mas terá que ir amanhã"

-"preciso..-ela dá um longo suspiro-sair"

Enquanto ela sai do quarto drácula fica sentado a cama pensando, esperando que Valerie não vá, drácula fazia isso com pessoas que ele gostaria de saber se poderia confiar ou não deixar o livro ali para Valerie o ver,ele sabia que ela o questionaria de algum modo ele sabia,se Valerie espalhasse essa notícia ela morreria como delatora da coroa,mas não era isso que o príncipe queria, Valerie era apenas alguém que havia vindo com esperanças,mas o que drácula aprendeu era que a coroa vinha antes do coração.