[CONCLUÍDA] Tracy Snape Prince, uma sonserina arrogante, esperava de tudo para seu último ano em Hogwarts ,menos se envolver em uma guerra como uma espiã da Ordem ao mesmo tempo que se apaixona por um lufano qualquer.
1[bellatrix black]
1[hufflepuff...
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*
— Cade ela? — Tracy pergunta entrando na enfermaria.
O local estava completamente vazio, só tinha uma pequena cama no fundo, ocupada por uma loira que chorava muito.
— Cat.. — Tracy se aproxima da amiga e a abraça.
Catarina afogava no abraço, a Prince conseguia sentir suas lágrimas descendo pelo seu uniforme.
— Sabe qual foi a última coisa que falei com meu pai? — Ela se afasta chorando cada vez mais — Foi sobre um camarão, Tracy, um camarão estragado
Tracy sentia seu coração na boca, ela odiava ver sua amiga assim, odiava não conseguir fazer nada para mudar o que havia acontecido.
— Ele me mandou uma carta — A loira diz cabisbaixa — Na carta ele contava que tinha comprado um camarão, todos lá em casa se reuniram para fazer — Ela tenta limpar suas lágrimas — Não temos muito dinheiro, então momentos como esse realmente são importantes. Todos sentaram na cozinha para fazer o camarão, e ele estava estragado. — Catarina solta um riso — Eles choraram de rir, minhas irmãs acharam a maior graça do camarão estragado. Ele ia comprar outro pacote essa semana para quando eu fosse vê-los, mas eu não fui.
— Cat.. — Tracy tenta consolar a amiga
— Se eu tivesse ido poderia ser diferente? Talvez eles não estivessem em casa ontem a noite.. Talvez eu pudesse salvar eles, Tracy. Mas eu não fui — Ela chorava muito — Eu não fui para ajudar nas pesquisas da ordem, para ajudar vocês a deter aquele que ia matar toda a minha família..
— Cat — Tracy segura seu rosto — Nada ia ser diferente se você tivesse ido, nada ia mudar o que aconteceu. Olha pra mim — A Prince exclama — Você não tem culpa, nunca ache que o que aconteceu foi sua culpa.
— Eu nem sei o que eu acho — Ela diz com o rosto molhado de lágrimas — Eu estou com saudade deles já, acredita? Saudades da minha mãe cantarolando, dos meus irmãos me pirraçando, ate do meu pai comprando coisas estragadas. Eu só queria o camarão, queria todos na mesa de jantar, rindo e contando histórias
Tracy nunca tinha tido realmente uma família assim, mas imagina o quanto deveria doer em Catarina. Quando a Prince perdeu sua mãe seu mundo pareceu desabar, ela não queria que ninguém tivesse que passar por isso.
Finch chega na enfermaria logo em seguida, junto com Harvey. Os 4 estavam sentados na cama da enfermaria com Catarina, que ainda chorava horrores.
— Vai ficar tudo bem — Finch diz segurando a mão da loira — Nós vamos vingar eles, Cat
Catarina sorri com seu comentário, mas todos sabiam que ela não queria realmente vinga-los, ela os queria de volta, e isso não era possível.
Tracy sentia seu sangue ferver de raiva. Ela odiava tanto o fato dos comensais terem sequer existido, odiava o fato que Severus fazia parte disso, odiava pensar que seus tios poderiam estar envolvidos no massacre da família de Catarina, odiava tudo.
Naquele momento Tracy teve certeza, ela estava disposta a fazer tudo para destruir Voldemort. Estava disposta a tudo pelos seus amigos.
*
O final de semana fora complicado, Tracy dormiu no quarto de Catarina os dois dias. Harvey e Finch apareciam lá com comida e atividades para elas fazerem, tentando distrair a cabeça de Cat.
Sirius também foi vê-la, levando uma margarida. Dorcas e Marlene levaram doces na tarde de domingo também. Alguns membros da grifinoria perguntaram como ela estava pela porta ou então através de Tracy.
Obviamente Catarina estava a mil, mas aquilo era uma guerra. Elas precisavam seguir com o plano.
Tracy andava pelos corredores em direção a Sala Precisa, Dorcas e ela haviam conseguido uma poção com a madame Pomfrey que funcionaria como um sedativo. Assim seria mais fácil para Tracy se colocar na mente de Severus.
Eles já haviam deixado separado tudo que precisariam. Havia uma pequena cama no fim da sala, poções roxas - as recuperadoras - e, bem, o sedativo.
Dorcas segurava um papel, segundo ela Tracy poderia falar as coisas que ela anotaria, caso conseguisse ouvir. Catarina e Finch estavam na sala também, Tracy admirava a força de Cat. Quando ela perdeu sua mãe demorou dias para ver pessoas novamente.
Sirius estava lá também, acompanhado de alguém que Tracy conhecia bem, e estava morrendo de saudades.
— Lupas! — Ela grita e corre para abraça-lo — Quanto tempo! O que faz aqui?
— Você achou mesmo que eu não ia participar da sua super missão, Prince? — Ele diz correspondendo o abraço. Remus Lupin estava literalmente igual antes, talvez com um pouco a mais de barba, mas nada significativo.
— Não é uma super missão, Remus — Ela diz
— Por Merlin, cale a boca Prince — Ele diz — Aproveita seu momento e, bem, toma cuidado
— Eu vou — Tracy diz rindo — Voltarei intacta, eu prometo.
Depois de abraçar Cat, Finch, Sirius e ate Dorcas, Tracy vai em direção a Harvey.
— Juro que não estou entendendo todo esse melodrama, eu só vou dormir no sofa — Ela diz rindo e o abraçando
— Você sabe do risco, Prince — Harvey diz calmo — Não sabemos quanto tempo você vai dormir..
— Eu vou voltar logo, Bee — Ela diz — E nós vamos acabar com essa porqueira toda, compraremos uma casa em Londres e seremos felizes para sempre
— Assim espero — Ele responde rindo — Acho que tenho uma tendência a atrair problemas..
— E eu sou o maior deles.. — A Prince diz e o abraça.
Dorcas coloca o sedativo no braço de Tracy. A picada da agulha dói um pouco, mas nada significativo. E assim tudo apaga.
