Capítulo 2//Su

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Como é obvio eu aceitei a boleia que o meu pai Vicente tinha me oferecido, até por que não tinha dinheiro suficiente para ir de autocarro.

Estive a conversar com o meu pai Vicente, e soube que o meu pai Francisco treinava a equipa técnica e que havia umas "bombas".

Mas não conversamos muito, pois a a viagem ou foi muito rápida ou a nossa conversa fluiu muito. Despedi-me do meu pai Vicente dando-lhe um abraço e um beijo.

Tinha-me deixado mesmo a entrada do estádio, logo era só entrar, o que não era muito difícil pois haviam placas por todo o lado a indicar o caminho.

- Descanso! - ouço o meu pai a gritar. - Podem beber a água, e descansar alguns minutos no banco.

Corri até ele que não tinha notado a minha presença, mas parece que como se adivinha-se virou-se no preciso momento em que eu ia pular para as costas dele.

- Pai! - eu sorrio e ele abraça-me com força.

- Malu! - ele olha para mim a sorrir. - Espero ter sido o primeiro a ver-te! - ele diz a brincar.

- Se estivesses em casa e não a treinar a tua equipa talvez fosses! - eu digo a rir-me, sei que ele irá falar sobre eu não gostar o futebol.

- Ainda não entendi como não gostas de futebol! - ele diz e olha para a equipa dele, que me olhavam curiosa - Equipa esta é a minha filha Maria Luísa!

- Malu - corrigi a sorrir e ele negou com a cabeça.

Olho bem para cada um dos jogadores que me olhavam com um sorriso mas havia um que se destacava ali no meio.

Era ele, o homem que acordou esta manhã na minha cama.

Vi o meu amigo Rodrigo e aproximei-me dele para o abraçar.

- Que saudades tuas - ele falou no meu ouvido, da forma que só eu ouvi-se.

- Filha!? - o meu pai chama-me e eu olho para ele. - Depois queres boleia para casa? - ele perguntou e eu balanço a cabeça a confirmar. - Com essa roupa estas mesmo perfeita para jogar futebol com eles!

- Não! - respondo a rir e vou para as bancadas para longe dele.

Admiro o estádio, de uma ponta a outra, tirei o curso de arquitectura e acho que é normal um arquitecto gostar de admirar os locais que frequenta. Eu nunca gostei muito de futebol, mas gostava de ir apreciar os estádios.

Sinto alguém a olhar para mim, olho nessa direcção e lá estava ele a sorrir.

Era só o que me faltava, Maria Luísa por alma de quem é que te foste enrolar com um jogador?

Tirei algumas bolachas do bolso, que o pai Vicente me tinha obrigado a levar, no caso de eu ter fome. Fiquei a comer enquanto observava o jogo deles.

(...)

Estava farta de esperar, o treino já tinha terminado à quase meia hora e eu ali plantada à espera do meu pai.

- Pai? - eu chamo assim que entro nos balneários masculinos.

Ninguém respondeu, o balneário aparentava estar vazio, caminhei na direção da porta.

Não acredito que o meu pai se esqueceu de mim! Vou ter que me ir embora a pé.

- Maria, o teu pai já foi embora! - congelo ao ouvir uma voz grossa atrás de mim

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O Nosso Amor Vai Brilhar|DybalaOnde histórias criam vida. Descubra agora