A minha cabeça latejou ao tentar levantar-me, tinha um peso em cima de mim que me impedia sair da cama.
Pisquei várias vezes os olhos para me tentar habituar com a claridade que entrava pela janela do meu quarto.
Quando olhei em volta e estava um homem moreno completamente nu com um braço sobre mim.
Vieram os flashbacks da noite anterior, enchi a cara de cachaça, dancei até me doer o corpo todo e no final da noite conheci um Deus Grego e...a Maria Luisa voltou em grande.
Sorri com o meu pensamento.
Puxei o lençol que estava enrolado nas pernas do sujeito numa tentativa de o acordar, mas não resultou.
Será que está morto? Maria Luísa tu matas-te o homem!
Passei as mãos pelo cabelo nervosa e assustei-me quando ouvi uma voz rouca falar.
- Tu violaste-me? - revirei os olhos e gargalhei sonolenta.
Procurei o meu telemóvel mas sem sucesso, olhei para o relógio digital rosinha pousado na minha mesinha de cabeceira.
- Merda, estou atrasada - disse ao me levantar a vestir o meu robe branco à pressa.
Ele levantou-se da minha cama, apanhando as roupas dele espalhadas no chão do meu quarto e eu mordi o lábio a observar o corpo dele.
- Podes parar de me assediar? - virou-se para mim colocando as roupas à altura do peito e eu respirei fundo para não o matar.
- Vou tomar banho, espero que quando terminar não estejas aqui - disse ríspida e ele sorriu.
- És sempre assim? - ele perguntou divertido enquanto se vestia.
- Assim como? - cruzei os braços.
- Mandona!? - ele disse como se fosse óbvio e eu revirei os olhos.
- Eu não sou mandona! - ripostei e entrei na minha casa de banho.
- És sim! - ouvi-o dizer do quarto.
Ignorei-o e entrei no box, não tinha muito tempo, ainda pretendia encontrar os meus pais em casa, então lavei o cabelo e o corpo rapidamente.
Quando sai da casa de banho com a toalha enrolada, ele já não estava ali.
Apanhei as minhas roupas espalhadas pela casa e apressei-me a vestir uma roupa confortável.
Coloquei o mesmo colar prateado de sempre , burrifei perfume e calcei os meus ténis.
Depois de alguns anos, voltei finalmente para a minha terra natal, tenho imensas saudades dos meus pais, ainda não os visitei, mal cheguei decidi ir descontrair um bocadinho num bar com uns amigos antigos.
Sinto falta das reclamações do meu pai Francisco por não gostar de futebol, e sinto ainda mais falta das cookies do meu pai Vicente.
Peguei nas chaves de casa que estavam pousadas na entrada e saí do meu apartamento chamando um uber.
(...)
Cheguei à frente da mansão dos meus pais e bati à porta, fui recebida pelo meu pai Vicente com um sorriso radiante e um abraço apertado.
- Que saudades tuas, pai! - choraminguei.
-Nem acredito que estás aqui! - ele analisou-me assim que me soltou do abraço. - Quando voltaste Malu?
- Ontem à noite! - ele passou a mão no meu cabelo e assentiu.
- Tens o cabelo molhado, depois ficas constipada - disse o pai galinha de sempre e eu sorri.
- E onde está o pai Francisco? - olhei em volta à procura dele.
- Ele saiu mesmo à pouco para o estádio, hoje tinha um treino com os jogadores - balancei a cabeça. - Se quiseres dou-te boleia, daqui a nada vou trabalhar e posso te deixar lá.
- Sim pai, obrigada! - sorri.
- Tens fome? - perguntou.
- Óbvio! - sorri e ele gargalhou.
- Se o guloso do Francisco não comeu tudo, acho que ainda sobraram algumas cokies! - ele disse procurando no armário.
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O Nosso Amor Vai Brilhar|Dybala
Romansa[Em Pausa] Malu é uma jovem de 22 anos, que volta para a sua cidade natal, onde não esperava conhecer um dos jogadores dos Juventus, para a qual o seu pai é treinador. Plágio é crime. 🦋