DAS COISAS INDIZÍVEIS

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Percorrer os dedos pelas curvas delicadas que formavam o corpo dela era como andar contra o vento em um dia tortuoso no deserto. Não que eu já tenha ido ao deserto alguma vez, mas é como eu imagino que fosse, dar passos firmes afundando na areia seca acariciando todas as partes que nela permitisse mergulhar, envolvendo-se nos ventos que a faziam circular meu corpo em um abraço leve, porém apertado, carregando no colo a segurança de mais que ser, pertencer. Ela era isso, ora as águas calmas de um rio capaz de em um boiar levar embora todas as preocupações que manifestavam minhas piores crises, ora vendaval que me levava pra longe e me fazia flutuar mesmo sem sair do lugar, era tudo, era lar, ela era ela, dela e de mais ninguém, minha só quando queria ser, era livre e eu talvez, fosse só eu e apaixonada por ela.

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⏰ Última atualização: Mar 31, 2021 ⏰

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