➤ Trago essa história com o intuito de representar a ficção adolescente nos dias atuais baseados nos conhecimentos que já obtenho.
➤ Não possuo interesse em criar a melhor história, tendo em conta competitividade, apenas escrevo para compartilhar meu conteúdo com os demais leitores.
➤ Não possuo quaisquer intenções de ofender, estimular atos, dar apologia ao álcool, às drogas etc.
➤ Quaisquer semelhanças encontradas é mera coincidência, meu conteúdo é totalmente original sem praticar atos de Plágio.
➤ Desculpe por possíveis erros ortográficos.
➤ Tenha uma boa leitura!
- O COMEÇO DA METADE -
No dia 20 do mês de Fevereiro lá estava eu na cama me preparando emocionalmente para mais um dia totalmente cansativo e longo na pior escola com as piores pessoas que alguém poderia imaginar. Meu nome é Patrícia, tenho 16 anos, estou no primeiro ano do ensino médio e sou alguém completamente problemática que convive com pessoas ainda mais problemáticas.
Exatamente às 6h 30min com muito sacrifício resolvi me levantar para me arrumar para a escola, onde o "inferno" por assim dizer começava no meu dia, pois lá tem cada pessoa bosta, todas as meninas aparentam ter algum problema comigo, já que sempre que eu passava por elas sempre me olham com fogo nas pupilas ou com cara de deboche, isso sem nem contar os meninos babacas que a maioria podia se julgar como pervertidos.
Eu sou uma menina completamente tranquila, isso se não resolverem testar a minha paciência, totalmente gótica na maior parte do tempo sempre me vestindo com blusas de tons escuros e caveiras estampadas na frente.
Logo saindo de casa em direção ao ponto de ônibus exatamente às 7h pois eu sou alguém (ou tento ser) pontual, em um frio de tremer os dentes esperando o ônibus que depois de 5 minutos havia chegado, como eu não morava tão longe da escola, a viagem normalmente dura 15 minutos mas com lotação cheia de pessoas tagarelas e fedidas, eca!
Dando o tempo certo chego na escola às 7h e 20min da manhã logo no portão encontrei a minha melhor é única amiga Laura que fazia parte da mesma sala que eu.- Oi amiga!
- Oi, Laura.
Ela era alguém muito alegre pra minha opinião e meio tapada só pelo fato de mostrar felicidade até em dias de provas.
- Patrícia, senti tanta sua falta nessas férias!
- Mas a gente voltou já faz uma semana, Laura.
- Não importa, sabe que sem você eu não sobrevivo nessa escola!
- tá bom então, vamos logo pra sala se não vamos nos atrasar.
Mesmo ela sabendo dos meus problemas pessoais, ela não parecia mostrar compreensão e tentar ser menos alegre, pois tem dias que eu não estou no clima e acabo me irritando com ela, mas de algum jeito por pouco tempo ela me faz esquecer tudo que me incomoda, então descobri que também não sobreviveria nessa escola sem ela.
- Então, Patrícia como você está se sentindo?
- Arrasada como na maioria das vezes... Parece que a cada dia fica pior, não consigo me livrar desses pesos, nem minha psicóloga tem me ajudado muito... Apesar de eu mentir que está funcionando.
A minha história não é nada de muito feliz, pois meus problemas se baseavam em depressão, problemas familiares, psicólogos e insuportáveis, já que quando completei 7 anos quase havia me tornado uma órfã em um acidente de carro, mas infelizmente tinha me tornado metade órfã pois perdi meu pai nesse acidente convivendo apenas com a minha mãe. A partir daí que a minha depressão havia começado, logo na idade que deveria ser a mais feliz e nostálgica da minha vida, se tornou o começo do apocalipse por assim dizer. Antes dessa tragédia meus pais já não eram muito próximos um do outro, pois sempre viviam brigando e discutindo sendo o álcool na maioria das vezes o motivo. Mesmo tendo momentos ruins com o meu pai, a minha mãe havia entrado em depressão antes de mim tendo necessidades de remédios e chás para aliviar a dor, pois ela sofreu muito com a perda, nós 2 pra ser mais sincera.
Com o passar do tempo, a medida que eu crescia cada vez mais me tornava alguém reflexiva, mais pensativa e mais sensível emocionalmente ficando mais vulnerável a insultos e agressões verbais de qualquer pessoa. Até hoje sofro bullying de quase toda escola por ser nerd, sem pai, por ter depressão, sem muito corpo como as mulheres de revista e por ser eu mesma já que ninguém gostava de mim, e nem eu daquela jentalha.
Mas o que mais me incomodava e o que mais me afetava era o fato de ninguém se importar comigo, ninguém nunca me apoiou quando eu mais precisei, quando eu tava desesperada por ajuda as pessoas só souberam me julgar, ainda continua essa mesma merda, enquanto há aquelas que são piores ainda me procurando apenas quando precisam, isso me arrasa muito pois só me usam para seus próprios afins.- Ai amiga... Eu posso não te compreender totalmente mas eu entendo uma parte da sua dor, sei que não é fácil ser você, mas olha só para si mesma, continua firme, continua em pé apesar de cada pedra que a vida atira em você para tentar te derrubar.
- Eu ainda estou lutando pela minha mãe, ela que me dá energias, ela que cuida de mim, e se eu não cuidar dela quem vai? A nossa família tá pouco se fodendo para a gente...
- Por isso que eu te admiro, você não desiste no primeiro buraco que tropeça, você se levanta e consegue seguir em frente... Saiba que eu te amo, e que pode contar sempre comigo ok?
- Certo... Obrigada, Laura...
Por ser alguém fraca emocionalmente, em momentos assim que eu começo a chorar e a Laura vem me abraçar e consolar, dessa vez não foi diferente, ela sabe como me tratar já que ninguém mais me dava apoio.
Em instantes depois meu professor de Sociologia havia chegado na sala, seu nome era Cláudio e tinha 40 anos. Sendo a turma muito barulhenta ele gastou 10 minutos dos seus 50 minutos de aula tentando fazer todo mundo calar a boca, uma coisa que não era nada fácil era conter os animais. Após finalmente aquietar o pessoal, o professor passa algumas questões no quadro que me deixaram meio desconfortáveis pois havia certas coincidências do tipo:
Como você se sentiria se alguém te julgasse pelo que aparenta de uma forma ruim?
Se você pudesse voltar no tempo e mudar algo o que aconteceu, o que seria? Justifique.
Eram perguntas que me fizeram pensar em quase toda a minha vida, e que cada uma delas me fez repensar de como eu deveria mudar certas coisas que me incomodavam muito... Uma delas era como eu poderia superar a morte do meu pai, certamente é algo que não há como esquecer, mas sim minimizar a dor, a única forma que me veio a cabeça foi ter em mente de que nada foi culpa minha, já que alguns dos meus familiares jogaram a culpa em mim pois a discussão naquele dia era porquê eu tinha feito um berro no mercado que levou os meus pais a entrarem em conflito. Ninguém queria que isso acontecesse, muito menos a minha mãe que o amava mais que qualquer coisa, então a solução foi pensar em todos os momentos bons que tive com o meu pai, revendo as fotos que havíamos registrado no meu celular, obviamente eu chorei quando fiz isso, não foi fácil tirar da minha cabeça...
Eu amava muito o meu pai, ainda o amo e sei que ele está em um lugar melhor, tenho certeza de que ele gostaria que eu seguisse em frente tendo o foco nos estudos. Pensando em tudo que já havia vivido com ele eu olhei o céu pela janela imaginando o rosto dele estampado nas nuvens sorrindo com os olhos lacrimejando...
Após acabar o período de Sociologia, meu celular vibra de repente, era uma mensagem da minha mãe que me deixou muito preocupada, nela dizia:- Patrícia, aqui é seu tio Alexandre, estou indo para o hospital de Ventos com a sua mãe, ela teve um ataque de ansiedade em quanto tinha falava comigo pelo telefone, me encontre lá!
Nesse momento meu coração acelerou, fiquei totalmente nervosa pois minha mãe tinha problema cardíacos... Me desesperei indo até a sala da diretora para pedir que eu saísse mais cedo justificando o motivo, após a permissão me dirigi ao hospital pegando 2 ônibus.
- Mãe... Não me deixe por favor...
Com pensamentos negativos chorando a viagem toda me passou mil coisas de como eu ficaria se perdesse a minha mãe também.Continua...
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Vida Coerente
Teen FictionConta-se a história de uma garota na fase da adolescência com alguns problemas psicológicos e sociais, mas com superação se livrando a cada vez mais da depressão. Nos dias atuais infelizmente é considerado muito comum jovens e adolescentes sofrerem...