A revelação difícil

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Após alguns dias depois daquele reencontro inesperado comecei a pensar em como seria um encontro planejado com a Elisabeth sem interferências ou alguém segurando vela, queria algo que só envolvesse nós duas para mim tentar me aproximar mais daquela beldade e ficarmos mais íntimas, vai saber o que pode acontecer.
Como a felicidade dura pouco, minhas expectativas começaram a de cair pois eu não tinha pensado antes no pior que pode acontecer, vai saber se ela gosta de meninas como eu? Será que ela namora? Imagina se leva o companheiro junto pra mim ficar de vela? O que eu poderia fazer se a minha mãe descobrisse que sou bissexual? Tinha tanta coisa que me preocupava, fico tensa, então fico ansiosa, em seguida fico nervosa, logo desconfortável comigo mesma e pra finalizar vem a vontade de me machucar.
27 de Fevereiro, Terça-feira.
Era 11h da manhã e eu já estava fazendo drama com a Laura, fiquei falando das possiblidades negativas e positivas que poderiam acontecer se eu marcasse um encontro com a Elisabeth, estava completamente paranóica.

- Laura, me diz, o que eu faço?

- Primeiramente respira, seguidamente primeiramente! Você está muito nervosa com isso, precisa relaxar afinal estão só começando a se conhecer então vai dar tudo certo sua louca.

- Afs, eu espero...

- Então já sabe, vai bem perfumada e arrumada, também melhor levar proteção, não que ela seja trans... Ops!

- L-Laura! Você não está ajudando. Que pensamento é esse? Mesmo que ela fosse a gente não ia fazer nheco nheco no primeiro encontro planejado.

- Tudo pode acontecer meu bem.

- Aí esquece você tá me deixando constrangida.

- hihihi muito bom.

- Pior eu nem sei se ela tem o mesmo ponto de vista que eu em relação à outras garotas, isso que piora sabe.

- O certo a se fazer é você descobrir primeiramente a outra jogadora é depois começar a jogar para ter total controle da situação.

- Sim, tem razão.

- Claro que eu tenho boba

- Boba é seu...

- Olha a boca, Patrícia!

- Ue, nem falei nada hehe.

Após a aula retornei para minha casa, lá mesmo eu já estava bolando planos para o encontro, estava tão ansiosa que nem percebi que estava fazendo o papel de uma perfeccionista sendo que detesto pessoas assim, algumas pessoas sabem que quanto mais você julgar a pessoa pelo seu jeito, mais vai se apropriar dos mesmos costumes.
Depois de muito tempo finalmente havia criado coragem para mandar a mensagem para Elisabeth, então peguei meu celular, peguei o papel que ela havia me dado com o seu número anotado e adicionei no Whatsapp.

[No Whatsapp]

- Oi oi

- Oi, quem é?

- É a Patrícia

- Aaaa, oláaaa

- Tudo bom, Elisabeth?

- Por enquanto estou de boa enfrentando alguns problemas familiares... Mas e você?

- Estou neutra por enquanto

- Tem acontecido alguma coisa?

- Só minhas paranóias diárias me deixando com ansiedade

- Nossa, sério? Eu também, bela merda

- Elisabeth

- Sim?

- Gostaria de sair comigo? Só nós duas...

- Claro! Eu adoraria

- Aí que bom!

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