17 de agosto de 2015

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Eu estava sonhando com algo bonito. Eu estava em um lugar calmo com alguém com olhos bonitos. Olhos muito bonitos. A sensação era algo reconfortante, me fazendo querer mais e mais. Mas como o que é bom dura pouco, algo começou a me puxar, me afastando brutalmente dos olhos bonitos.

- Harry...

Morreu. Me deixe em paz com os meus olhos azuis.

- HARRY! - Me sentei rapidamente e bati a cabeça na do Louis e gemi de dor.

- Por favor, me fala que a casa está pegando fogo e por isso, só por isso, você está me acordando. - Falei esfregando a testa e me jogando de volta no travesseiro.

- O carro está vindo, Harry. - Louis arrumou o cabelo, parecendo não se importar com o acidente.

- Ok. - Me levantei da cama e fui para o banheiro tomar banho e me arrumar.

Durante o tempo que levei para ficar pronto tentei controlar minha raiva e me preparar para as horas de vôo e de shows. O primeiro show de "About us", uma turnê conjunto com a Lis Brandy.

Lis Brandy. Não a vejo desde o dia em que assinamos os contratos. Sei que o pai dela saira do hospital feliz, pois poderia passar o aniversário da filha em algum lugar mais divertido e com uma comida melhor do que a do hospital, aconteceria dia 20, dando então mais 3 dias para preparar algo legal. Por alguma razão do destino, Lis faz aniversário no mesmo dia que o namorado. Sim, namorado. Eles se conheceram nas gravações de um filmes que fizeram junto, e eu super indico. Não que eu tenha assistido esse ou todos os filmes dela. Não que eu tenha olhado todo o seu Twitter. Não que eu tenha lido tudo o que tinha na internet sobre ela. Nada disso.

Mas o foco é que alguma coisa na Lis me chamou atenção. Não sei o que é ainda.

- Harry,  o carro chegou! - Louis gritou da porta.

- Ok! - Gritei de volta.

Louis Tomlinson. Nome lindo, não?  Ele é o meu melhor amigo. Mas eu tenho que confessar que eu já comecei a gostar dele, até eu bloquear. É difícil para mim ter que admitir que eu realmente nunca me apaixonei e quando eu começo a gostar de alguém é impossível. Olha só,  o Louis é homem. Não tenho problemas com isso, afinal eu gosto de pessoas, independente da raça, religião ou sexo. O problema que o único fio de cabelo que o Louis tem de Gay, é uma pura fantasia. Então,  nada de esperanças.

Apesar de que quando eu estou com ele, acho que tudo é possível.

Entramos no elevador calados. Ouvi Louis suspirar, mesmo sendo baixo, o ouvi.

- Você está bravo? - Louis perguntou olhando para mim.

- Não, só estou de mal humor.

- Hm... Até quando?

- Quanto tempo você vai ficar de mal humor?

- Quanto tempo até o Starbucks mais próximos? - Pude ver o sorriso travesso cruzar seus lábios.

- Vinte minutos.

- Trinta minutos, Lou.

- Ok.

O elevador parou no térreo e fomos ao aeroporto parando somente no Starbucks e então começando a conversar e brincar com o Louis como uma criança.

Ao despachar as malas e ir para a área vip, vi a Lis em um canto com seus óculos redondos de grau lendo algum livrono de capa roxa. Falei com os meninos e me aproximei dela.

- "Delírio"?

- O que? - Ela me olhou com uma grande interrogação emcima da cabeça.

- O livro. -  Sentei ao seu lado.

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