Eu estava sonhando com algo bonito. Eu estava em um lugar calmo com alguém com olhos bonitos. Olhos muito bonitos. A sensação era algo reconfortante, me fazendo querer mais e mais. Mas como o que é bom dura pouco, algo começou a me puxar, me afastando brutalmente dos olhos bonitos.
- Harry...
Morreu. Me deixe em paz com os meus olhos azuis.
- HARRY! - Me sentei rapidamente e bati a cabeça na do Louis e gemi de dor.
- Por favor, me fala que a casa está pegando fogo e por isso, só por isso, você está me acordando. - Falei esfregando a testa e me jogando de volta no travesseiro.
- O carro está vindo, Harry. - Louis arrumou o cabelo, parecendo não se importar com o acidente.
- Ok. - Me levantei da cama e fui para o banheiro tomar banho e me arrumar.
Durante o tempo que levei para ficar pronto tentei controlar minha raiva e me preparar para as horas de vôo e de shows. O primeiro show de "About us", uma turnê conjunto com a Lis Brandy.
Lis Brandy. Não a vejo desde o dia em que assinamos os contratos. Sei que o pai dela saira do hospital feliz, pois poderia passar o aniversário da filha em algum lugar mais divertido e com uma comida melhor do que a do hospital, aconteceria dia 20, dando então mais 3 dias para preparar algo legal. Por alguma razão do destino, Lis faz aniversário no mesmo dia que o namorado. Sim, namorado. Eles se conheceram nas gravações de um filmes que fizeram junto, e eu super indico. Não que eu tenha assistido esse ou todos os filmes dela. Não que eu tenha olhado todo o seu Twitter. Não que eu tenha lido tudo o que tinha na internet sobre ela. Nada disso.
Mas o foco é que alguma coisa na Lis me chamou atenção. Não sei o que é ainda.
- Harry, o carro chegou! - Louis gritou da porta.
- Ok! - Gritei de volta.
Louis Tomlinson. Nome lindo, não? Ele é o meu melhor amigo. Mas eu tenho que confessar que eu já comecei a gostar dele, até eu bloquear. É difícil para mim ter que admitir que eu realmente nunca me apaixonei e quando eu começo a gostar de alguém é impossível. Olha só, o Louis é homem. Não tenho problemas com isso, afinal eu gosto de pessoas, independente da raça, religião ou sexo. O problema que o único fio de cabelo que o Louis tem de Gay, é uma pura fantasia. Então, nada de esperanças.
Apesar de que quando eu estou com ele, acho que tudo é possível.
Entramos no elevador calados. Ouvi Louis suspirar, mesmo sendo baixo, o ouvi.
- Você está bravo? - Louis perguntou olhando para mim.
- Não, só estou de mal humor.
- Hm... Até quando?
- Quanto tempo você vai ficar de mal humor?
- Quanto tempo até o Starbucks mais próximos? - Pude ver o sorriso travesso cruzar seus lábios.
- Vinte minutos.
- Trinta minutos, Lou.
- Ok.
O elevador parou no térreo e fomos ao aeroporto parando somente no Starbucks e então começando a conversar e brincar com o Louis como uma criança.
Ao despachar as malas e ir para a área vip, vi a Lis em um canto com seus óculos redondos de grau lendo algum livrono de capa roxa. Falei com os meninos e me aproximei dela.
- "Delírio"?
- O que? - Ela me olhou com uma grande interrogação emcima da cabeça.
- O livro. - Sentei ao seu lado.
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Diário
Fanfiction- Papai! - A menina de cabelos loiros e lábios rosados chama por mim. - Você pode ler uma história para mim? - Claro, meu anjo. - Dou um sorriso paterno e apaixonado. - Que história? - Achei esse livro em uma das caixas de mudança, papai. - A peq...