25 de agosto de 2015

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 "Hi, Harry, é a Lis. De novo. O que está acontecendo? Sei que você já voltou para Londres, mas não falou nada... Só me liga de volta, ok?"

"Harry, é a Lis. Só queria saber o que está acontecendo... Quer dizer, o Liam disse que você não saí de casa e não fala com ninguém. Retorna minhas ligações, por favor."

"Por favor, me liga." 

O que eu vou fazer?

 Entre mil mensagens, ligações, emails, cartas e sinais de fumaças que a Lis me manda, eu me escondo mais no hotel. Desde que voltei de Los Angeles, me hospedei em um hotel no centro e só passei no apartamento para pegar algumas coisas. Estou me isolando porque eu não sei mais o que fazer. 

 Primeiro que eu não sei o que fazer a respeito da Lis. Mas naquela noite, eu não aguentei. Saí da casa dela enquanto ela dormia, no dia seguinte embarquei no primeiro vôo para Londres. O próximo show vai ser dia 16 de setembro em Nova Iorque e até lá eu não quero ver a cara de ninguém. A não ser o cara que trás comida no quarto. Todos me mandam mensagens e ligam, todos menos o Louis. 

Louis.

 Ele não me ligou e quando um cara não te liga, ele não quer ligar. Então é isso. O que eu vou fazer? Tem uma menina que acabou de perder o pai e que me ama atrás da minha pessoa e eu atrás de um "badboy" que não liga para mim. Ah, que filme cliché. Mas o que eu vou fazer? 

 Não posso sair por aí como se nada estivesse errado. Não posso falar com a Lis e falar que eu amo o Louis e não posso falar com o Louis que amo ele. Mas que diabos, eu poderia somente me apaixonar por uma fã ou por uma mulher que eu me esbarrei no Starbucks mais perto. 

  Me levantei da cama umas 15:30 para tomar banho. Quando me olhei no espelho, o que vi foi um fantasma. Minha pele estava mais branca do que o normal, pálida e sem vida. Olheiras fundas e roxas. Olhos vermelhos. Lábios partidos. Cabelo bagunçado. E uns fios que eu posso considerar em chamar de barba estava enormes do tipo de bater no chão. Não quero nem saber como está meu hálito. 

 A primeira coisa que eu fiz foi colocar toda a pasta de dente na escova e pelo menos, escovar meus dentes 5 vezes. Tomei um banho, torcendo para que a água também levasse todos os meus pensamentos e tristezas, mas além da sujeira, ela só levou algumas lágrimas teimosas. Quando saí do banho, fiz minha barba e penteei o cabelo. Escolhi uma calça jeans preta, blusa branca, meias pretas e então, me joguei na cama, ligando para a recepção e pedindo a sujestão do chefe para a minha janta às 18:00, para que eu possa deitar e dormir às 20:00 e só levantar em dois dias. Parecia um bom planejamento para mim.

 Exatamente 17:57 bateram na porta.

- Já vai! - Gritei e me apressei para abrir a porta. Sabe quando você fica tão surpreso que tudo ao seu redor para? Então. Tudo o que eu conseguia focar era nos olhos dele. Olhos azuis que me passavam tanta calma e vontade de viver.

- Você está péssimo. 

- Era, sem dúvidas, o que eu mais precisava ouvir. Obrigado, Louis. - Ele sorriu e eu dei passagem para ele entrar. 

- Por que você sumiu? - Nossa, ele foi direto ao ponto mesmo. 

- Os meninos mandaram você vir aqui?

- Não, Harry. Eu vim porque eu quis. 

- Como você me achou?

- Eu te conheço mais do que você pensa, huh? - Ele colocou as mãos no bolso e olhou para os pés. 

- O que você quer? - Por que eu estou sendo tão grosso?

- Por que está sendo tão grosso? Eu só quero saber o que aconteceu. 

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