Capítulo 6

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          "You're perfectly wrong for me

And that's why it's so hard to leave."

         Shawn Mendes | Perfectly Wrong

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Hoje era domingo

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Hoje era domingo. Mamãe e Katie saíram logo cedo. Então, eu havia passado o dia inteiro jogada em minha cama assistindo alguns filmes, e comendo algumas besteiras.

O meu ânimo era zero. E olha que domingo era o meu dia favorito de toda à semana.

Ressaca. Ressaca era o motivo. A pior parte.

A bebedeira da noite passada estava fazendo efeito. Eu era fraca com bebidas, sabia muito bem disso, porém, sempre continuava.

Não gostava de dias como aqueles. Eles me obrigavam a pesar. E se você me perguntar agora no que eu estou pesando, pode apostar com toda certeza que eu vou dizer, que, noventa e nove porcento do meu cérebro está totalmente ligado à noite de ontem. Era inevitável; era automático.

Como eu e Darla havíamos combinado de passar um tempo juntas hoje, provavelmente ela já estivesse a caminho. Depois do ocorrido de ontem, ela acabou me ligando e definimos um bom horário.

Confesso que às vezes eu sentia uma leve inveja da minha amiga. Ela tem o noivo incrível, um bom emprego e está no último ano da sua faculdade de Medicina. Então é  algo que eu iria querer, com exceção do noivo, é claro.

Ouço a campainha tocar, então, junto todas as minhas forças e me levanto indo em direção à porta.

Darla me encara com um grande sorriso e levanta o seu braço direito me mostrando uma garrafa de vinho em sua mão.

— Algo estava me dizsendo que você está precisando disso, e que a nossa conversa será longa.

Como era possível aquela mulher me conhecer tão bem? E bom, se cura ressaca com mais bebida, não é mesmo?

— Você não sabe o tanto que eu amo você — respondo, indo até à cozinha para pegar duas taças e alguns petiscos.

— Ai, amiga, que ânimo é esse, hein? Sabe, isso é falta de sexo, amiga! — exclamou. — Não acha?

— Não, eu não acho — a respondo pegando às coisa e indo para à sala.— Estou correndo disso tudo.

Darla me olha com desconfiança, e diz:

— Ok, né.

— Ei, nem vem, ok? — não que aquilo fosse uma prioridade, não era, mas talvez  fizesse um pouco de falta, confesso.— Tá bom. Talvez. — respondo, levantando as minhas mãos em sinal de rendimento.

Acredito que lá, no fundo, eu realmente estava sendo mais afetada do que eu poderia imaginar. A questão era: Darla estava mesmo certa? Porque mesmo depois de tanto tempo, tinha sempre algo para me impedir de tentar, e quando tentava acabava não dando muito certo. Então, acabou que eu havia me fechado não só para algo mais sério, como para uma transa casual qualquer. E querendo ou não, aquilo me fazia falta.

— E, aí? O que aconteceu? — indagou, curiosa.

— Foram duas, Darla. Duas às vezes que nós nos encontramos em alguma festa, depois da sua maltida volta — fora que eu consegui a proeza de ir parar na casa dele—, e é sempre a mesma merda: nós sempre discutimos.

E com razão, eu diria.

— Como assim você foi parar na casa dele?!  — perguntou, com uma expressão de espanto.

Eu explique realmente tudo o que havia realmente acontecido. Detalhe por detalhe. Me segurei para não rir — mesmo sabendo que a fodida da história era eu —, pois a expressão que Darla tinha no rosto era impagável. Mas eu não esperava menos. Eram acontecimentos demais para só às duas vezes que nós nos encontramos.

— Olha amiga, eu sei que apesar de tanto tempo, o que eu sinto não mudou. Mas eu simplesmente não posso me dar o luxo de querer saber se ele realmente mudou, como o mesmo diz. — e aquilo era realmente a verdade. — Entende?

— Entendo, amiga.

— Mas agora vamos falar de algo realmente animador, pelo amor Deus.

— Amiga? — diz Darla, se levantando.

— Sim? — respondo, olhando em sua direção.

— Eu vou me casar! Eu. Vou. Me. Casar. — falou, entre pulos e muitos gritos.

A minha melhor amiga Iria se casar.

Puta merda.

Eu estava tão feliz por ela. Fora que aquilo tudo era tão empolgante.

— Sim! Você vai! — exclamo. — me levantando, e me juntando a ela.

Depois de alguns minutos pulando e gritando como duas loucas, nos jogamos no sofá em meio algumas risadas.

— Você sabe que precisamos fazer algo a altura para comemorar, não sabe? — pergunto.

Darla iria ter a melhor despedida de solteira de todas. Aquilo era mais do obrigatório. Passamos a nossa adolescência planejando a, seria uma grande merda se não concretizarmos.

— É claro que eu sei! — responde, soltando algumas risadas. — As garotas de alguns anos atrás ficariam decepcionadas se não fizéssemos nada.

Eu amava e prezava tanto momentos como aqueles.

É era uma energia única. E eu não poderia estar mais feliz, porque agora eu tinha a melhor despedida de todas para organizar.

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