Prefácio

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O Clã dos Magos Algo revirou no estômago de Sonea, e ela segurou com mais força a pedra. Tirou-a do bolso e estimou seu peso. Era das pesadas. Virando-se de frente para os magos, reuniu toda a raiva que sentia por ter sido expulsa de casa, todo o ódio natural pelos magos e atirou a pedra contra o mago que havia acabado de falar. Seguiu seu rastro através do ar e, quando a pedra se aproximou da barreira dos magos, desejou que a atravessasse e alcançasse o alvo.
Uma ondulação de luz azul relampejou a saída da pedra, que em seguida atingiu a têmpora do mago com um baque surdo. O mago permaneceu imóvel, fitando o nada, até que seus joelhos se dobraram. O companheiro avançou para ampará-lo.
Sonea observou atentamente, boquiaberta, quando o mago mais velho conduziu o parceiro até o chão. A zombaria dos jovens cessou.
O silêncio espalhou-se amplamente, como fumaça, pela multidão.
Em seguida, exclamações surgiram quando mais dois magos se lançaram num salto para agachar-se ao lado do companheiro caído. Os amigos de Harrin, e outros em meio à multidão, começaram a vibrar.
O barulho retornou à praça quando as pessoas passaram a murmurar e a contar em voz alta o que acabara de acontecer.
Sonea baixou a cabeça e olhou para as mãos. Funcionou. Quebrei a barreira, mas não é possível. A menos que...
A menos que eu tenha usado mágica.

Clã dos Magos- A Trilogia do Mago negro Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora